Alunos da rede municipal participam de projeto alemão

10 de jun de 2014 - dev

“Mesmo com 18 anos, eu nunca tinha jogado futebol com meninas”, diz David Santiago, participante do Projeto Festival de Bolas, iniciado nesta segunda-feira (9). Os meninos e meninas da rede municipal trabalharam os valores e a conscientização ambiental, em atividades conjuntas.

A ação – fruto da parceria da Secretaria Municipal de Educação (SMED), por meio da Diretoria Geral de Esportes e Lazer (DGEL), com Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ) e os institutos Fazer Acontecer e Pró Mundo – tem como objetivo promover a inclusão de jovens e adolescentes através da cultura e do futebol, usando o esporte como ferramenta social e de integração, e vai beneficiar 250 alunas e alunos de 8 a 18 anos.

Durante todo o dia eles participaram de atividades que envolveram onde eles criaram as próprias regras, aprenderam sobre valores, como solidariedade, cooperatividade, honestidade, respeito e espírito de equipe, mostrando que os valores são mais importantes do que o jogo em si.

A experiência de um jogo misto, com meninos e meninas no mesmo time, foi algo novo para alguns meninos, como Gabriel Borges, de 14 anos. “Eu gostei muito, porque nunca tinha jogado no meio de meninas e pude notar que elas jogam tão bem quanto a gente”, disse Gabriel, acrescentando que “aprendeu também sobre respeito, honestidade e companheirismo e que tanto menino, quanto menina, podem jogar juntos, sem preconceitos”.

Os alunos receberam instruções dos professores que participaram do curso de capacitação para coordenadores, professores e auxiliares municipais, de 19 e 24 maio, no Rio de Janeiro. No curso foram ensinadas as metodologias alemãs de futebol, com expectativa de mesclar os conhecimentos dos países em benefício dos alunos. a

Sascha Bauer, ex-treinador da seleção sub-17 de Moçambique, ministrou o curso do Rio de Janeiro e esteve acompanhando o primeiro dia do Projeto. “Essa é a parte prática para os treinadores que foram ao curso no Rio. Vamos ver como os jovens reagem à nossa estratégia de jogo. Tivemos essa experiência em outros países, mas não aqui no Brasil e acho que vamos ter um retorno muito bom”, comentou Bauer.