Alunos desenvolvem ações para portadores de necessidades especiais – Secretaria Municipal da Educação e Cultura foi uma das promotoras da etapa regional do Campeonato Nacional de Robótica

22 de ago de 2005 - dev

Pedro Castro Filho

O tema da competição (No Limits- Sem Limites) sintetizou as tarefas dos cerca de 150 alunos das redes pública municipal e privada que participaram, no último dia 21, no auditório do ISBA, em Ondina, da etapa regional do II Campeonato Nacional de Robótica, que também contou com a presença de alunos de Feira de Santana e Maceió (AL). O desafio dos estudantes era criar robôs que auxiliassem a locomoção dos portadores de necessidades especiais, usando o material LEGO Mindstorms. O evento foi promovido pela Lego, em parceria com a Secretaria Municipal da Educação e Cultura.

Durante a abertura do evento, a secretária municipal de Educação e Cultura, Olívia Santana, frisou que “a sociedade atual foi estruturada para atender apenas um tipo de ser humano. Entretanto, o ser humano é diverso. Muitos têm necessidades especiais. Estes estudantes estão utilizando a robótica a serviço da vida. Neste começo do século XXI, as guerras confirmam que muitas tecnologias têm sido utilizadas para tirar vidas. Estamos presenciando aqui a inversão desta lógica”, frisou.

Dentre os vencedores, a estudante Marília Moraes, 14, foi uma das premiadas com um trabalho que construiu um guia computadorizado para cegos, que conta com a sofisticação de uma bengala dotada de sistema GPS. Cinco equipes participarão, em setembro, em São Paulo, da etapa nacional. Os vencedores irão para a etapa internacional, no Japão.

Formadas com, no mínimo, seis estudantes e, no máximo, dez, (sendo a faixa etária de 10 a 15 anos) e um responsável pelo grupo (maior de 21 anos, nomeado como tutor), as equipes tiveram 2,5 minutos para executar a maior quantidade de desafios e cada grupo teve duas oportunidades de realizar o maior número provas.

Dentre as 18 equipes participantes, duas (Starobix e Robtrix) eram da Escola Municipal Carlos Novarese. De acordo com o orientador das equipes, Roberto Machado, esta ação vem de encontro ao Construcionismo, uma teoria segundo a qual o aluno agregam os conhecimentos participando das ações educacionais. “Trata-se do aprender fazendo”, resumiu Roberto Machado.

Jachson Miguel da Rocha Costa, 16 anos, aluno da Escola Municipal Carlos Novarese, afirmou que desde os 10 anos se interessa pos informática e robótica e pretende seguir carreira acadêmica e profissional nesta área.

A Escola Municipal Carlos Novarese é uma dentre as 60 escolas municiais que contam com laboratórios de informática. Até o final deste ano, cerca de 100 escolas da rede municipal contarão com laboratórios de informática. A meta é dotar todas as 363 escolas da rede municipal de laboratórios de informática até 2008.