21 de jul de 2008 - dev
Cerca de 80 alunos matriculados regularmente na rede municipal de ensino participarão amanhã (dia 22), a partir das 8 horas, do lançamento do Projeto Arte Forte, resultado da parceria entre os responsáveis pela gestão do Forte de São Marcelo e a Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC). Na oportunidade, os alunos farão um tour pelas águas da Baía de Todos os Santos, acompanhados de monitores que os orientarão, destacando os aspectos relacionados com o meio ambiente, panorama histórico e geográfico e vários temas relacionados com a História da Bahia, entre os quais a evolução física daquele monumento.
De acordo com o gestor do São Marcelo, coronel Anésio Ferreira Leite, ao retornarem ao forte para conhecerem as instalações, os estudantes participarão de uma encenação teatral interativa através da qual conhecerão a história da fortificação que é considerada, para muitos historiadores, “uma jóia incrustada da Baía de Todos os Santos devido a sua capacidade de inibir ataques de piratas ao Porto de Salvador”. As atividades terão uma duração média de quatro horas e, para facilitar as atividades dos instrutores, os participantes serão divididos em duas turmas, sendo uma no turno da manhã e outra à tarde.
O projeto é uma iniciativa da própria administração do forte e deverá ser mantido até o mês de dezembro, segundo declarações do administrador que anunciou a sua disposição em renová-lo por idêntico período.
Interdisciplinaridade
Trata-se de um projeto – comenta o administrador – com fundamentação e suporte pedagógico, e caracterizado pela interdisciplinaridade. “Com isso a Prefeitura mais uma vez sai na frente oferecendo aos seus alunos um contato vivo com a história, a geografia, meio ambiente, língua portuguesa e até mesmo a matemática”, explica, acrescentando que o projeto se configura como um conjunto de ações pedagógicas e artísticas focado na educação patrimonial.
A construção do forte de São Marcelo, segundo o coronel, foi iniciada em 1640, por ordem do Rei Dom João IV, e a medida teve dois motivos: defender a Bahia das constantes invasões estrangeiras que eram freqüentes em meados do século XVII e proteger o porto da maior cidade do Atlântico Sul da época, constantemente assediado por corsários e piratas. O sistema de defesa era formado por 55 canhões e depois da construção daquela fortaleza estrategicamente localizada, cessaram as tentativas de invasões e o assédio ao porto.