Arte do grafite é referência de trabalho social

13 de maio de 2009 - dev

O trabalho do Programa Salvador Grafita, desenvolvido pela Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC) desde 2008 já rendeu bons frutos para os grafiteiros e sociedade. Quem passa em frente às escolas reinauguradas pela SMEC pode perceber a arte do grafite aplicada nos muros.

Agora, o programa ganhou uma nova dimensão e está levando a sua cultura para dentro das salas de aula, além de outros cantos da cidade, como o trabalho em parceria com a ONG Crianças Raízes do Abaeté. Cerca de 60 alunos recebem aulas de teoria e prática sobre a pintura em spray. A ONG faz um trabalho de inclusão social, com jovens de sete a 17 anos, e viu no grafite uma ferramenta importante no combate à violência e desigualdade.

O projeto teve início em 2005, a partir da idéia do prefeito João Henrique, em transformar a pichação desordenada e ilegal em arte, emprego e inclusão social, inserindo os pichadores na limpeza da cidade. Desde então, os artistas se profissionalizaram e deram uma nova cara à cidade, com o resultado exibido nos mais de 15 mil metros lineares de muros pintados.

Há um ano sob comando da Secretaria de Educação, cerca de 30 grafiteiros recebem salários fixos de R$ 504,00, além de auxílio alimentação e vale transporte. A proposta é colorir as fachadas das unidades escolares, com temas alegres que levam a cultura de paz e preservação do patrimônio público.

Tárcio Renan Vasconcelos é o mais novo integrante do programa e afirma que o grafite inibe a prática de vandalismo na escola. Segundo ele, essa arte de rua vai muito além de uma pintura em parede, pois através dela o artista se torna um formador de opinião. Do seu jato de spray sai mensagens de paz, esperança, alegria e, sobretudo, de muita fé. “Vejo na religiosidade uma saída para essas crianças, que se encontram em estado de vulnerabilidade social”, afirma.

Mais fotos na Galeria de Imagens (http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/galeria-imagens.php?dir=GrafiteLagoa).