Bienal de Artes movimenta 22 escolas da rede municipal

23 de out de 2012 - dev

Por meio do teatro, música, dança e artes plásticas, cerca de 300 alunos de 22 escolas municipais da Coordenadoria Regional de Educação (CRE) Cabula se apresentaram na I Bienal de Artes, que ocorreu nesta terça-feira (23), no Centro de Formação Amarante, em São Gonçalo do Retiro.

O evento teve como objetivo estimular a produção artística no ambiente escolar, assim como a valorização das diversas manifestações culturais e regionais, promovendo um ambiente educacional prazeroso, no qual a cultura, a arte e educação contribuam para o processo educativo. “Essa atividade vai dar visibilidade às apresentações artísticas desenvolvidos nas escolas, valorizando o trabalho dos alunos”, explica a coordenadora regional do Cabula, Corina Sandes.

Muitas apresentações foram em homenagem ao centenário do escritor Jorge Amado e do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, como a das alunas da Municipal Epaminondas Bebert de Castro, que escolheram a música Xote Ecológico, de Gonzaga, para a performance. “A música representou um grande homem e o cuidado que devemos ter com o nosso planeta”, conta a estudante Kaine Raissa, de 9 anos.

A Municipal do Beiru resolveu utilizar na sua apresentação um tema muito importante: a violência e exploração sexual. Com a peça teatral Tráfico Humano, realizada em parceira com o Projeto Escola Aberta, os alunos deram um show e foram bastante aplaudidos. Com uma linguagem informal e trazendo situações do cotidiano, eles mostraram como o tráfico de pessoas e a violência sexual está presente em nossas vidas. “Estudamos muito para construir a peça e eu achava que isso não acontecia com a gente, mas hoje sei que está mais perto do que a gente imagina”, conclui o aluno Yuri José, de 15 anos.

Durante a bienal, professores de artes formaram um júri para escolher as melhores apresentações de cada modalidade. Os professores avaliaram diversos critérios, como figurino e originalidade. O resultado vai sair no final do ano e os quatro grupos vencedores serão premiados. “Vai ser difícil escolher o melhor, mas o importante já foi feito, que é tirar a criança do ambiente escolar e abrir os olhos dela para o mundo”, ressalta a júri, Eloina Carneiro, que é professora de Música da Municipal Orlando Imbassahy.