Cerca de 140 mil alunos da Rede Municipal voltam às aulas em Salvador

05 de fev de 2015 - Jornalismo

Mesmo com início das aulas nesta quinta-feira, pais ainda podem matricular.
Aulas das 87 escolas e creches em reforma só começam após o carnaval.

As aulas para os cerca de 140 mil alunos da Rede Municipal de Ensino começaram nesta quinta-feira (5), em Salvador. A Secretaria Municipal de Educação informou, entretanto, que os alunos das 87 escolas e creches que estão em reforma só começarão as aulas nas próximas duas semanas. A Rede Municpal de ensino é composta por 427 escolas.

O secretário de Educação Guilherme Bellintani afirmou que o atraso não trará prejuízos aos alunos.

“Nós optamos por adiar por duas semanas o início das aulas dessas crianças das 87 escolas, mas fazer uma reforma que colocasse de forma digna aquela estrutura para receber as crianças. Esse calendário já está sendo adaptado às nossas crianças de forma que não haja prejuízo para os 200 dias de aula que devem ser, logicamente, cumprido na nossa rede municipal”, esclarece.

O secretário diz que uma parte das escolas em reforma já volta após o carnaval.

“Aproximadamente metade já volta logo depois do carnaval, na quinta-feira (19), e a outra parte na semana seguinte. A gente está correndo para entregar rapidamente estas escolas”, diz Bellintani.

Conforme a secretaria de Educação, as aulas serão interrompidas na próxima quarta-feira (11), para o recesso de carnaval. O retorno ocorrerá na quinta-feira (19).

O município é responsável pela educação de crianças de até 10 anos. De 11 a 14 anos a responsabilidade é compartilhada entre prefeitura e governo.

Vagas para creches
O município ainda precisa de 15 mil vagas para as crianças entre 4 e 5 anos, enquanto para os alunos de 6 a 10 anos não há a carência de vagas, segundo dados da secretaria. Entre 0 a 3 anos o município precisará de 1000 vagas. De acordo com o secretário, o desafio está na criação de vagas em creches.

“Historicamente o município não era obrigado a ter essas vagas e, portanto, nas últimas décadas, não trabalhou para criá-las. Mas, agora, a gente já tem um déficit muito grande, significativo e é um problema. Além de um problema educacional, é também um problema social. Pais deixam de trabalhar pelo fato de não terem onde deixar as crianças de 0 a 3 anos. É uma medida importante e é um dos desafios principais que a gente tem nesse período de 2015 e 2016”, revela Guilherme Bellintani.