Prefeitura lança projeto pedagógico criado junto a educadores municipais

15 de out de 2015 - Jornalismo

Lançamento ocorreu nesta quinta-feira (15), em Salvador. Ideia é encontrar formas de atrair os alunos e diminuir a evasão escolar.

Educadores da rede municipal de Salvador criaram novo projeto pedagógico que tem como objetivos a elaboração das diretrizes curriculares da Educação Infantil e Ensino Fundamental I, além da elaboração de cadernos pedagógicos das disciplinas Língua Portuguesa e Matemática.

Participaram do projeto, lançado nesta quinta-feira (15), cerca de quatro mil professores, coordenadores e diretores da rede municipal, além do prefeito ACM Neto, da vice-prefeita Célia Sacramento e do secretário municipal de Educação, Guilherme Bellitani. O projeto será implantado nas escolas em 2016, segundo a prefeitura.

A ideia é encontrar formas de atrair os alunos para as salas de aula para reduzir o número estudantes que abandonam os estudos. De acordo com o Ministério da Educação, no ano passado a média de evasão escolar em Salvador foi de 2,9%, maior do que a média nacional, de 2,5%. Já o índice de reprovação aqui na capital foi ainda maior do que a média nacional: 15,8 % em Salvador, enquanto a média nacional foi de 9,5%

“Ele [o projeto] vai envolver o aluno, vai permitir que o professor acompanhe mais de perto o desenvolvimento e o aprendizado desse aluno. São resultados de médio e longo prazo, mas que vão surgir”, disse ACM Neto.

Além da metodologia de ensino, os livros também vão ser produzidos pelos educadores. A publicação e a impressão ficarão sob a responsabilidade da prefeitura. “Não é um material imposto. É um material desejado e construído pelas próprias escolas, então isso faz com que essa unidade não seja uma imposição, mas seja o resultado de um querer coletivo e que vai certamente influenciar em sala de aula”, explicou Guilherme Bellintani.

Luciene Costa, coordenadora da Escola Municipal Melvim Jones, em Massaranduba, contou sobre o processo. Ela trabalha há dez anos com educação e está participando diretamente da elaboração do projeto. “A gente atende às escolas de comunidade, o que a gente espera realmente é um avanço na aprendizagem. O que a gente espera é a criança lendo, é a criança sendo autônoma. Que seja um atrativo para a criança, para diminuir a evasão”, disse.