Conferência- Exposição de políticas de promoção da igualdade racial no município

11 de maio de 2005 - dev

Exposição de políticas de promoção da igualdade racial no município

Durante a 1º Conferência Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, realizada no Centro de Convenções, entre os dias 09 e 11 de maio, foram apresentadas aos 200 delegados presentes ações das secretarias municipais de Educação e Cultura, Saúde e Reparação voltadas para a população afro-descendente.

Na sua exposição, a secretária Maria Olívia Santana abordou a implantação da Lei 10.639, que versa sobre a obrigatoriedade do ensino da História da África e da Cultura Afro-brasileira nas redes públicas de ensino. Ainda este ano Salvador estará sendo a primeira capital do Brasil a universalizar na rede municipal a aplicação da lei. O lançamento das diretrizes nacionais e locais ocorrerá no dia 25 de maio, na reitoria da UFBa, com a presença da ministra Matilde Ribeiro, secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

A secretária Maria Olívia Santana ressaltou a participação dos movimentos em defesa dos negros na implantação desta legislação na cidade. “Salvador possui uma singularidade. É a maior cidade negra fora da África. Temos grandes entidades que trabalham com a temática racial. Hoje eu possuo o compromisso de colocar em prática questões pelas quais sempre lutei. Esperamos que Salvador torne-se referencia nacional na implantação da Lei 10.639”, declarou .

Saúde e Reparação

Em sua palestra, o secretário municipal de Saúde, Luís Eugênio Portela, pontuou que a secretaria formou um grupo de trabalho para desenvolver uma política específica para a população negra. Dentre outras iniciativas, foi iniciado o programa de combate à anemia falciforme, uma doença que atinge os afrodescendentes.

O encontro foi organizado pela Secretaria Municipal de Reparação. Em declaração ao jornal A Tarde, o titular da pasta, Gilmar Santiago, afirmou que “já temos diagnósticos precisos e consolidados que comprovam a desvantagem da população negra quando o assunto é poder aquisitivo, acesso à saúde, educação e habitação. Agora é hora de corrigir”.