Conselho reforça cuidados com alimentação escolar

04 de mar de 2009 - dev

Este ano a Alimentação Escolar da rede municipal de ensino será fiscalizada com muito mais rigor. A Secretaria Municipal da Educação e Cultura –SMEC, criou o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) e já a partir desta semana, técnicos da secretaria estarão fiscalizando desde a qualidade dos alimentos à distribuição e armazenamento dos produtos em todas as Coordenadorias Regionais de Educação –CRE.

Entre as medidas adotadas para manter a qualidade nas mesas das 411 unidades de ensino da SMEC, o Conselho criou vínculos mais estreitos com as empresas fornecedoras e também com as merendeiras da rede. Duas vezes na semana, um técnico visita cada CRE para fazer a supervisão alimentar. “Eles são responsáveis pela capacitação e orientação nas CREs”, afirma a coordenadora de Ações Socioeducativa do município, Tatiana Chaves.

A partir das necessidades de cada escola, segundo Tatiana, os técnicos podem sugerir campanhas, palestras e projetos, com a finalidade de fornecer o maior número possível de informações para as escolas. O CAE é também responsável pelos cardápios, mas sempre segue sugestões das merendeiras que preparam os alimentos nas unidades. “Elas são como educadoras e desempenham um papel muito importante nas escolas. As merendeiras sugerem novos cardápios a partir das necessidades dos alunos e o Conselho avalia tudo dentro do padrão nutricional”, explica a coordenadora.

A qualidade da alimentação nas escolas da Rede de Ensino de Salvador é questão de extrema importância para a SMEC. Isso porque, para a maior parte do público que atende, as únicas refeições do dia são as oferecidas na escola. “O alimento é nosso combustível e portanto essencial para o desenvolvimento intelectual das nossas crianças. Cuidaremos sempre para garantir a nutrição adequada dos estudantes”, afirma o secretário Carlos Ribeiro Soares.

De acordo com a nova Medida Provisória, nº 455, do dia 28 de janeiro de 2009, o mandato do CAE passa a ter quatro anos, o que deve possibilitar um grande avanço nas relações com as escolas. “A melhoria está no fato de que, agora, o acompanhamento é feito por cada gestão, facilitando o desenvolvimento de projetos”, afirma Chaves.

Selo de Qualidade

Na nova gestão também foi implantado o Selo de Qualidade de Alimentação Escolar. Segundo Chaves, o selo certifica que o produto passou por fiscalização e está em boa condição para o consumo. Além de garantir a qualidade da alimentação, o selo tem como objetivo evitar desvios durante a sua logística. “Queremos que todo programa de alimentação seja o mais transparente possível”, declara.

O contrato com as empresas é feito via processo licitatório e só é concluído quando estas atendem as exigências da Vigilância Sanitária. Ao total são sete empresas na distribuição dos produtos em cada escola. No ano passado foram destinados à alimentação escolar R$10.895.693,87. Em média, foram distribuídas 30.930.800 refeições para 154.654 alunos da rede.