13 de ago de 2012 - dev
Educadores do estado de Nova Iorque, Estados Unidos, irão visitar nesta segunda-feira (13) as Escolas Municipais Novo Horizonte e Abrigo Filhos do Povo, com o intuito de saber como está o ensino da cultura africana nas escolas públicas da Bahia. Eles participaram da Conferência Cultural e Diáspora Global Axé, entre 7 e 11 de agosto, que teve como um de seus segmentos a educação, o que motivou a ida às escolas.
Os educadores querem observar se a Lei 10.639 – que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos que oferecem ensino fundamental e médio, oficiais e particulares do país – está sendo cumprida. A visita é uma parceria entre as Secretarias Municipais da Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult) e da Reparação (Semur).
Conferência Cultural e Diáspora Global Axé
Durante cinco dias, um grupo formado por 120 turistas afro-americanos, jamaicanos e nigerianos acompanharam a programação composta por 12 sessões temáticas, com 33 oficinas (workshops), 23 painéis e 11 sessões para os jovens. O evento foi organizado pela Ong norte-americana Ifetayo Cultural Arts Academy Inc, que há 23 anos desenvolve projetos educacionais e profissionais para apoiar jovens carentes com descendência africana.
A palestra da princesa chefe Iya Adedoyin Talabi Faniyi, de Osogbo (Nigéria), sobre a cultura do Yorubá e as similaridades da tradição nos três continentes, na Senzala do Barro Preto (Ilê Aiyê), na sexta-feira (10), foi um dos pontos marcantes do evento.
A palestrante – A princesa Iya Adedoyin Talabi Faniyi (Nee Olayiwola-Olosun), sacerdotisa da Religião Tradicional Yorubá em Osun, Obatalá, Ifá, Egbe, Obaluaye, Ogboni, Aje, Baayanni, nasceu numa família real tradicional em Iyadudu Composto Real de Osogbo, no estado de Osun. Certificada em Literatura Oral de Yorubá do Departamento de Línguas Africanas e Literatura pela Universidade Obafemi Awolowo Ile-Ife, a princesa Adedoyn recebeu seu Bacharelado de Artes (Yorubá) da Universidade de Ilorin em 2001 e Mestrado de Artes em Estudos Africanos da Universidade de Ibadan em 2005.