Educadores Nigerianos visitam escolas municipais

02 de jun de 2010 - dev

Em ritmo animado e ao som dos timbais o grupo de educadores nigerianos da Essence International School foi recebido pelos estudantes da Escola Municipal Padre Ugo Meregalli, na manhã de terça-feira (01). A ação, promovida pelo Fundo Municipal para o Desenvolvimento Humano e Inclusão Educacional de Mulheres Afrodescendentes (FIEMA), culminou a oficina de percussão incluindo músicas brasileiras e nigerianas entre alunos e professores.

Durante o encontro os estudantes municipais apresentaram músicas, danças e formas de utilização de instrumentos musicais. “Eu me identifico bastante com tudo em Salvador, principalmente com a musicalidade. Aqui me sinto em casa e é realmente fantástica a qualidade e beleza da apresentação desses jovens”, comemorou o professor nigeriano, Kerchiri Seth.

Atentos aos ritmos ensinados pelos nigerianos, cerca de 420 alunos conheceram a música nigeriana, fazendo sucesso entre as crianças. “Aproveitei bastante essa visita na escola. Conheci uma cultura parecida com a nossa, acho que por isso não tive dificuldades para tocar os instrumentos” destacou o aluno Adriano Santos.

O grupo também visitou, pela tarde, a Escola Municipal Eugenia Anna dos Santos e participaram de um círculo de diálogos com educadores que integram a Coordenadoria Regional de Educação (CRE) Cabula. O encontro promoveu uma troca de experiências sobre as propostas pedagógicas desenvolvidas em ambos os países.
Para Claudio Amorim, coordenador pedagógico, a oportunidade foi muito valiosa diante do intercâmbio cultural que os encontros possibilitam. “Posso dizer que hoje tivemos um verdadeiro encontro cultural. Com certeza vai refletir nos nossos métodos de ensino em sala de aula” falou Amorim.

Para a assessora de formação de gênero e raça do Fiema, Marta Alencar, as visitas possibilitaram o conhecimento da história da Nigéria além do conhecimento de costumes, comida típicas e crenças. “Este é um momento importante e marcante para todos nós. O FIEMA entende que mesmo que a escola trabalhe e ensine cultura e a história afrobrasileira, e africana, é necessário o contato físico com os africanos” finalizou Alencar.