Educadores participam de palestra sobre doença falciforme

21 de set de 2009 - dev

Educadores da rede municipal de educação participaram nesta segunda-feira (21) do primeiro encontro sobre doença falciforme, promovido pelas secretarias municipais da Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult) e da Saúde (SMS). Na primeira palestra, o biólogo Antonio Purificação, da Coordenação de Promoção em Equidade à Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), apresentou um breve histórico e características da doença.

De acordo com o biólogo, a Bahia tem o maior índice de incidência no país: de 650 crianças que nascem no estado, uma tem a doença e para um grupo de 15 pessoas, pelo menos uma apresenta o traço genético. “O melhor exame para identificar se o indivíduo é ou não portador da doença é o teste do pezinho, em recém-nascidos”, afirma.

A coordenadora do Programa de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme de Salvador, a assistente social Maria Cândida Queiroz, falou sobre a “Política de Atenção Integral à Saúde da População Negra” e destacou a importância do trabalho realizado na cidade. “A doença completa 100 anos de descoberta em 2010 e somente nos últimos dez foram realizadas ações mais efetivas”, ressaltou.

Ainda segundo Maria Cândida, Salvador inova realizando treinamentos voltados não somente aos profissionais de saúde, mas também envolvendo outras secretarias, como a de Reparação (Semur) e do Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão (Setad), além da Secult.

Os participantes assistiram ainda às palestras da técnica do Programa de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme de Salvador, a psicóloga Ana Luísa Araújo, sobre “Doença Falciforme: a importância da escola”, e do coordenador geral da Associação Baiana das Pessoas com Doença Falciforme (Abadfal), Altair Lira, sobre o tema “Convivendo com a doença falciforme: a visão da família”.

Compuseram a mesa solene de abertura, os secretários municipais de Educação, Carlos Ribeiro Soares, e da Saúde, José Carlos Brito, os coordenadores de Ensino e Apoio Pedagógico e de Ações Socioeducativas da Secult, Manoel Calazans e Tatiana Chaves, respectivamente, e a gestora do Fundo Municipal de Desenvolvimento Humano e Inclusão Educacional de Mulheres Afrodescendentes (Fiema), Adriana Nascimento.

De acordo com os secretários de Saúde e Educação, a parceria entre esses dois segmentos da gestão pública é certamente o melhor caminho para otimizar os resultados das ações voltadas para o desenvolvimento e bem-estar da população de Salvador.

A Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico (Cenap) irá realizar outros sete encontros sobre doença falciforme. Data, local e horário serão informados antecipadamente a todas as escolas da rede municipal.