26 de abr de 2016 - Jornalismo
Fotos: Milena Abreu / Agecom
No mês em que se comemora o Dia do Índio, celebrado no último dia 19, cerca de 300 crianças com idade entre 3 e 10 anos da Escola Municipal Artur de Sales, sediada no bairro da Santa Cruz, participaram de um encontro inusitado durante todo o dia com representantes da tribo indígena Kiriri Choco, natural do estado de Alagoas. A medida busca propiciar aos alunos troca de experiências através de diversas culturas, atendendo à Lei 11.645/2008, que estabelece diretrizes para inserção da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no currículo escolar.
De acordo com a diretora da unidade de ensino, Sueli Carneiro, o contato dos alunos com os índios foi um fato marcante e deverá ser lembrado sempre por toda a comunidade. “Trazer o concreto para a sala de aula é muito importante para o desenvolvimento destas crianças e a comunidade toda se envolve neste processo. Tivemos jovens e familiares dos alunos que pediram para entrar e conhecer os índios, e isso é muito bom”, relatou.
Durante a programação, os índios explicaram como é o dia a dia em comunidade, comentaram sobre as atividades que são desenvolvidas pelas crianças nas tribos, apresentaram instrumentos como o chocalho e o maracás, utilizado em festividades, a arma de sopro zarabatana e os tradicionais arco e fecha. Também foi realizada a simulação um evento festivo que contou com a participação de cinco alunos.
Um dos representantes da tribo, o índio Cauri Anan, explicou que a visita tem por objetivo aproximar as comunidades indígenas das escolas. “Nós viemos apresentar nossa cultura para as crianças. Na nossa comunidade, as crianças brincam, tomam banho de rio e estudam também, só que de uma forma diferente das grandes cidades”, destacou.
A coordenadora pedagógica da escola, Jailene Fagundes, ressaltou que durante todo o ano são desenvolvidos trabalhos interativos para que os alunos possam aprender sobre outras culturas e são utilizados recursos como textos, vídeos, filmes e atividades lúdicas para facilitar a aprendizagem dos discentes. “É um contato muito importante para o desenvolvimento infantil”, finalizou.