Encontro reúne professores das classes hospitalares

21 de nov de 2007 - dev

Ana Amélia Carvalho

Durante uma permanência prolongada de internação hospitalar e domiciliar, a criança e o jovem da educação infantil e do ensino fundamental da rede municipal não precisa mais ter medo de perder o ano letivo. Os programas “Criança Viva” e “Vida e Saúde”, da SMEC, asseguram esse atendimento pedagógico educacional hospitalar. Hoje (21), cerca de 180 professores estiveram presentes no I Colóquio sobre Classes Hospitalares, no auditório Paulo Jackson, na sede da Superintendência de Recursos Hídricos (SRH), no bairro do Itaigara.

O evento, que contou com a presença do secretário municipal de Educação e Cultura, Ney Campello, teve como objetivo socializar, numa perspectiva integradora, a prática pedagógica das escolas hospitalares e atendimentos domiciliares na cidade do Salvador. “Este colóquio não é um evento de celebração, de marketing da SMEC, é a necessidade que temos de formar um diálogo, de discutirmos os pontos fortes, as conquistas que consolidamos, o que construímos, e também os pontos frágeis, as limitações e os desafios para as mudanças. É uma tarde de trabalho sobre o programa”, considera Ney.

Com características próprias, esse programa atende 8 mil alunos-pacientes da Escola Hospitalar e Domiciliar Criança Viva em seis hospitais, quatro casas de apoio e, mais recentemente, a Creche Conceição Macedo com o atendimento domiciliar de crianças portadoras do vírus HIV. Para a professora do projeto, Edileide Silva, “o atendimento escolar hospitalar e/ou domiciliar, diminui o tempo de internação da criança no hospital e ajuda a manter o vínculo desta com a educação escolar e, principalmente, com o desejo e a condição de aprender”.

A dor e a angústia, na hora difícil do hospital, são esquecidas com as aulas recheadas de temas interessantes e lúdicos ligados às áreas do conhecimento. A coordenadora do programa, Veruska Andrade, afirma que “desta forma, o aluno-paciente é convidado a extrapolar suas idéias, construir seu próprio conhecimento, tirar conclusões, buscar e criar soluções para os desafios, levantar hipóteses, experimentar e descobrir”.

A tarde de apresentações e reflexões a respeito desse contexto diferenciado de ensino-aprendizagem contou com relatos de experiências de docentes, com a palestra “Atendimento Escolar Hospitalar: uma perspectiva integradora” ministrada pela professora Teresa Cristina Sousa e também com a participação da assessora-chefe da ASTEC, Cristina Santana, a coordenadora regional da Cidade Baixa, Helenita Seixas, a coordenadora da CENAP, Ana Sueli Pinho, e o subcoordenador, Manoel Calazans, mediador da Mesa.