Escola Aberta possibilita novas fontes de renda

18 de set de 2008 - dev

Nesta quarta-feira (17), o Programa Escola Aberta (PEA) completou três anos de existência em Salvador. O programa foi criado em 2004 pelo Governo Federal e no ano seguinte foi implantado na capital baiana através da Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC). O objetivo é usar a educação como ferramenta de inclusão social e construção de um mundo sem violência. As escolas abrem suas portas aos finais de semana para a realização de atividades esportivas, culturais, artísticas e de lazer.

Atualmente, o programa atende cerca 12 mil pessoas por final de semana e oferece mais de 300 oficinas em 46 escolas da rede municipal. Outra importante ação, recentemente implantada no Escola Aberta, é o projeto Fazendo Arte na Escola, que desenvolve atividades artesanais para mulheres afrodescendentes através da técnica de estamparia em camisas.

“Há muito tempo, quando era mocinha, eu aprendi a pintar com folhas. Agora estou aprendendo outra técnica. Tive que parar por causa dos filhos, não tinha tempo porque precisava trabalhar. Como não trabalhei de carteira assinada, não recebo aposentadoria, nem tenho outra fonte de renda. Estou aproveitando o que aprendo na oficina pra ganhar um dinheirinho”, declarou Audelice Santana da Mota, de 63 anos, que participa da oficina de pintura em tecido.

De acordo com a coordenadora do programa, Juçara Rosa, além de possibilitar o aprendizado, a ação pretende oferecer às participantes alternativas para que elas possam melhorar sua renda a partir das técnicas aprendida com a comercialização das camisetas produzidas. Os alunos recebem um kit com duas camisas, tinta, miçangas, bomba para pintura em tecidos e outros.