Escola utiliza cinema como ferramenta de inclusão social

26 de mar de 2008 - dev

Olhos atentos e muito silêncio. Esse foi o clima dos alunos na sala de aula da turma do 4º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Zulmira Torres no Nordeste de Amaralina, ontem (25). Em vez do quadro negro e da professora, os alunos voltavam suas atenções para uma tela de projetor que exibia a história de Stan “Tokie” Willians, protagonista do filme “Redenção”.

O filme retrata a vida de um prisioneiro que, enquanto aguardava sua execução no corredor da morte, empenhou-se em escrever livros anti-gangues destinados a crianças com intuito de convencê-las a viverem longe do mundo do crime e não seguirem o mesmo caminho que o seu.

Na Escola Municipal Zumira Torres, toda semana é assim: uma turma da unidade se dirige à sala de vídeo para participar do projeto Sétima Arte – Zulmira no Cinema, que visa desenvolver a consciência critica dos alunos e colocá-los em contato com obras reconhecidas mundialmente e, ao mesmo tempo, refletirem sobre as problemáticas do cotidiano. Após as apresentações dos filmes, eles participam de um debate aberto sobre o tema e fazem análises entre a ficção e a realidade.

Mundo Violento
As turmas envolvidas são do pré-escolar ao 5º ano dos turnos matutino e vespertino. O projeto é parte das atividades desenvolvidas pela disciplina Educação Física, que culminarão em uma das avaliações de unidade. Os alunos aprovaram e o projeto já objeto de grandes expectativas das turmas envolvidas.

João Marcos de Jesus, aluno do 4º ano fundamental, acredita que o “Zulmira no Cinema” é um instrumento importante para os alunos na hora de fazer a escolha do caminho a seguir. “Vivemos num mundo muito violento. Filmes como esse nos ensinam a fazer as escolhas corretas para nossas vidas. Estou adorando os filmes”, comenta.

Ilana Rodrigues, que implantou o projeto na escola, avalia o programa como de extrema importância para o desenvolvimento da prática pedagógica das diversas disciplinas, além, segundo ela, de contribuir na transformação do cotidiano dos alunos. “Esperamos que eles possam desenvolver uma autonomia que os conduzam a um futuro melhor e mais humano e ainda, orientá-los no sentido de se tornarem sujeitos e não objetos do sistema vigente”, frisa a professora. A exibição de filmes acontece toda terça-feira a tarde.