II Seminário de Formação Para Gestores e Educadores- SMEC promove capacitação para a educação inclusiva

19 de set de 2005 - dev

Cerca de 400 servidores (diretores, coordenadores e professores) da rede pública municipal participaram hoje (19) da abertura do II Seminário de Formação Para Gestores e Educadores sobre o Programa de Educação Inclusiva Direito à Diversidade. O evento foi uma parceria do Ministério da Educação com a Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Educação e Cultura. O programa visa garantir o acesso e a permanência de todas as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensino. O seminário foi realizado no Hotel Sol Bahia Atlântico (Patamares), e seguiu até o dia 23 de setembro.

A abertura do evento foi realizada pela secretária Olívia Santana. Durante o seu pronunciamento, ela frisou que a diversidade deve estar incluída dentro de qualquer processo educacional. “Afinal, a educação é um direito de todos”, afirmou.

O seminário capaciou diretores, coordenadores e professores da rede municipal para trabalhar em sala de aula a Educação Inclusiva, programa do governo federal apoiado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que visa incluir no sistema de ensino público as pessoas (adultos e crianças) que possuem necessidades especiais, como superdotados, deficientes físicos e mentais e pessoas com dificuldades de aprendizagem.

O “Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade” integra um movimento que compreende a educação como direito humano fundamental e base para uma sociedade justa, com ações voltadas para o acesso e permanência de todas as crianças na escola. O objetivo é mobilizar esforços para habilitar todas as escolas para o atendimento dos alunos na sua comunidade, especialmente aqueles que têm sido mais excluídos das oportunidades educacionais.

Programação

A palestra de abertura foi realizada por Zan Mustachi, geneticista, doutor pela USP e responsável pelo Departamento de Genética do Hospital Infantil Darci Vargas, em São Paulo. Após o seu pronunciamento, ele tirou dúvidas dos professores sobre questões como hiperatividade; disfunção cerebral e a ausência de uma alimentação adequada para o bebê e a criança como uma causa de danos ao cérebro.

Segundo a diretora da Escola Municipal Catarina Paraguaçu (Itacaranha), Gilmara Freitas Costa, “a palestra inicial esclareceu como a formação genética influencia no desenvolvimento do conhecimento cognitivo do indivíduo. Mas também ficou claro que o ambiente vai ser fundamental para o desenvolvimento da criança”, afirmou.

No dia 20, foramo apresentadas as experiências educacionais inclusivas das escolas municipais Oswaldo Cruz, Barbosa Romeu, Novo Marotinho e Escola Parque. O evento seguiu, no dia 21 de setembro, com palestras sobre a inclusão de alunos hiperativos e estudantes com paralisia cerebral. Também foi realizada, na data, uma mesa redonda sobre a utilização da tecnologia no processo educacional inclusivo. No dia 22, foram abordados distúrbios de comportamento na infância e a inclusão de alunos surdos, cegos ou com baixa visão, dentre outras atividades. O encerramento foi realizado, no dia 23, com o debate “Desenvolvendo Ações Inclusivas nos Municípios”.