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21 de fev de 2005 - dev

O início das aulas da rede municipal ocorreu no dia 21 de fevereiro. Nesta data, as escolas da rede abriram as suas salas de aula para receberem os cerca de 180 mil alunos. Deste total, 50.665 são alunos novos. Eles terão à sua disposição 361 unidades escolares. Para atender a procura de novos estudantes na rede, principalmente nos bairros periféricos, a SMEC vai inaugurar escolas durante todo o ano. O bairro de Valéria será o primeiro a receber duas novas unidades de ensino: a Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida e a Escola Batista de Valéria, que estarão entregues às comunidades escolares no dia 21 de março.

Deste total de 361 escolas, 179 foram municipalizadas desde 1998. A Lei nº.
9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional), estabelece que até 2006 todo o ensino fundamental ficará a cargo dosmunicípios. Na medida em que o governo estadual retirou o pessoal de apoio das 53 escolas municipalizadas em 2004, a Secretaria Municipal de Educação contratou emergencialmente uma empresa terceirizada, que está disponibilizando 744 profissionais para exercerem as funções de vigilante, porteiro e agente de limpeza, dentre outras. O prefeito João Henrique (PDT) também convocou 380 professores concursados e anunciou que realizará um concurso para funcionários das unidades escolares da rede municipal.

O professor Moacir Gadotti, diretor do Instituto Paulo Freire, integrante do
Conselho Internacional do Fórum Mundial de Educação (FME) e do Comitê Brasil World University Service (WUS), ministrou durante a aula inaugural da rede, no dia 18 de fevereiro, no ICEIA, a palestra “Educação na Cidade e a Cidade Educadora”. “O tema da palestra está relacionado às perspectivas da atual gestão, em envolver a sociedade em um projeto de qualificação da educação”, afirma a secretária Maria Olívia Santana.

Em discurso proferido no dia 21, na Escola Municipal Vale das Pedrinhas, o
prefeito João Henrique (PDT) pontuou o exemplo da secretária Municipal de
Educação, Maria Olívia Santana, filha de uma empregada doméstica, que sempre estudou em escola pública é formada em Pedagogia pela Universidade Federalda Bahia (UFBa). “É um motivo de orgulho para mim ter uma pessoa com o perfil de Olívia estar ocupando o cargo de secretária de Educação na nossa administração. Mas Olívia é uma exceção. As universidades federais são ocupadas pelos filhos da classe média alta”, assinalou João Henrique. Um dos compromissos de sua administração é o investimento no ensino fundamental para contribuir para mudar esta realidade.

Por:
Pedro Castro Filho e Maira Azevedo