A SMED estabelece uma abordagem epistemológica sociointeracionista de apropriação do conhecimento e um compromisso histórico-cultural de posicionamento interétnico para o currículo da Escola Municipal Pública de Salvador. Lógicas a concretização de ações básicas que visam garantir a permanência do aluno na escola e o sucesso de sua formação escolar, de modo a contribuir para a inclusão social e o exercício da cidadania em situações de igualdade com crianças jovens e adultos de condições sociais e econômicas mais favoráveis, em conformidade com as diretrizes curriculares nacionais e com as normas legais locais, definindo pressupostos que garantem a equidade e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.
A Educação Interétnica envolve as concepções de diversidade e cidadania na composição curricular da educação municipal de crianças, jovens e adultos que estudam na rede de ensino de Salvador. Por essas concepções são transversalizados estudos e intervenções com alicerces na:
As relações do eixo Educação e Linguagens tratam das linguagens artísticas, midiáticas e tecnológicas. Por meio de seus desdobramentos, o sujeito pode se apropriar de um legado estético e cultural produzido pela humanidade e tornar um crítico sensível dos modos e produção do conhecimento, além de agente dessa mesma produção. A arte aqui é concebida como conhecimento de mundo e não como acessório decorativo. Ela é essência, e não mero entretenimento.
Aborda o tratamento transversal das questões que envolvem a integração sujeito e meio natural. Trata do paradigma que articula qualidade de vida à responsabilidade socioambiental e planetária. Nele, a escola exerce seu papel de agente formador de representações positivas e implicativas sobre a atuação humana responsável, sustentada e previdente sobre as relações sociais e suas consequências para o respeito e à preservação das fontes naturais de energia, assim como, a todas as formas de vida que integram a ecologia do planeta.
Esse eixo representa a produção de saberes de docentes e demais profissionais de Educação, considerando seu exercício laboral como uma prática formativa e geradora de oportunidades de crescimento pessoal e profissional no âmbito dos espaços de trocas espontâneas e sistematizadas. Dessa forma, a educação continuada expressa a concepção de conhecimento como resultado da práxis social e como tal, dispositivo fértil para elaboração de novos sistemas interpretativos sobre a realidade e sobre a experiência docente historicamente construída.
Este eixo pretende abarcar as experiências de expressão e educação corporal, seja no âmbito artístico, cultural ou, sobretudo, nas dimensões da ludicidade e dos esportes. Ele admite dinâmica e historicidade nas representações mediadas pelo corpo, considerando-as como estratégias de afirmação e de construção de outras lógicas de comunicação e de exercício do poder.
A Educação Inclusiva traduz a preocupação com a inserção social e acadêmica dos sujeitos, sobretudo, com aqueles que revelam algum tipo de deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. A inclusão escolar obedece a orientações que recomendam uma educação de qualidade para todos.
Representa a ideia de apropriação do real por interações, superações, problematizações sobre as experiências vividas na comunidade e na família e nos desafios cognitivos do contexto da sala de aula.
Reflete um posicionamento crítico frente às diversas contribuições, sistematizadas ou não, que guardam em suas peculiaridades ricos componentes que ajudam a caracterizar linguagens, ideologias e formas de produção de riquezas que compõem o cenário das tramas sociais contemporâneas, que precisam ser interpretadas, valorizadas e aproveitadas de forma consciente e sensível para construir referências mais humanas e sensíveis para orientar as futuras gerações.
compreende processos de mediação de situações didáticas e seus impactos na práxis pedagógica, considerando as variáveis histórico-culturais, políticas, situacionais, além de componentes cognitivos que influenciam nessas dinâmicas.
Elege como prioridade a construção de situações didáticas que envolvem os saberes locais, cotidianos e as dimensões científica, filosófica, estética, ética, com vistas a garantir condições desafiadoras para o fortalecimento, no sujeito, dos campos conceituais, procedimentais e atitudinais em seu processo de conhecer. A aprendizagem, neste documento, compreende o conjunto de complexas apropriações cognitivas que contribuem para o sujeito interpretar o real e construir o conhecimento.
Envolve escolhas de arranjos e práticas produtivas sintonizadas com formas responsáveis, não hegemônicas e eficazes de produção de riquezas. Esse modelo pressupõe uma compreensão de mundo e de sociedade, na qual, há oportunidades para que todos ganhem, superando a lógica do lucro e das desigualdades.
Evidencia um movimento proativo de participação social que envolve o protagonismo das crianças e jovens na reflexão sobre a construção de uma sociedade mais justa, consciente e competente para gestar o futuro, cuidando do presente. O sujeito empreendedor revela inserção responsável no mundo produtivo, respeitando a diversidade, por meio da ativação da memória, da crítica e da criação de formas sustentáveis de geração de riquezas.
Representa acompanhamento, processos e resultados das situações didáticas que visam proporcionar apropriação crítica de habilidades e de competências. Dispositivo regulador e formativo para vitalizar de forma rigorosa e criativa as apropriações discentes. É mais bem aproveitada quando usada para o crescimento de todos os envolvidos no processo didático, destacando as aprendizagens e, investindo por meio de reelaborações, nos desempenhos que precisam de maior eficiência.
Fonte: Diretrizes_SSA Cidade Educadora