Ministério de Angola visita Escola Malê Debalê

15 de mar de 2007 - dev

A escola Municipal Malê Debalê recebeu, ontem (12), a visita de representantes do Ministério do Meio Ambiente do Brasil e de Angola. O objetivo era conhecer o trabalho desenvolvido na rede municipal sobre educação ambiental. Esta ação faz parte da execução de um Acordo de Cooperação Técnica estabelecido entre o governo brasileiro e angolano relativo à implantação do projeto “Fortalecimento da Educação Ambiental em Angola”, a fim de formar técnicos angolanos e apoiar a construção do Programa Nacional de Educação Ambiental de Angola (ProNEA-Angola).

De acordo com coordenadora geral de Educação Ambiental do MEC, Rachel Trajber, os representantes do governo de Angola vieram aprender com os brasileiros como implantar a Educação Ambiental nas escolas de maneira criativa para incentivar os alunos a se interessarem sobre a questão.

Além de conhecerem o programa de educação ambiental da rede municipal de ensino, os visitantes assistiram apresentações de dança e de música. Eles também puderam perceber o quanto servem de exemplo para os componentes da Malê Debalê, conhecendo a Lei 10.639, que trata do Ensino da História Afro-Brasileira e Africana. “Senti minha cultura mais forte do que nunca. As raízes de nossa terra estão muito presentes dentro desta escola”, afirmou emocionado o angolano Carlos Renato Ferreira.

Segundo o secretário municipal de Educação e Cultura, Ney Campello, há uma integração muito proveitosa entre a SMEC e a escola. “A Malê Debalê tem uma repercussão muito forte na vida das crianças que estudam aqui. O meu sonho é fazer com que cada uma das escolas da rede se tornem uma Malê Debalê. Além disso, temos a intenção de que todas as escolas do Brasil sejam atrativas, que os jovens gostem de estar nela”, concluiu o secretário.

A diretora da unidade de ensino, Isiane Aline da Silva explicou que o objetivo principal é trabalhar a cultura afro-brasileira não apenas na perspectiva religiosa, mas como entendimento de cultura. “O importante desse trabalho é a relação de respeito que a criança trata com a questão ambiental, que a gente parte da origem da cultura baiana, implementando também a Lei 10.639, que traz o estudo da África para os currículos do Ensino Fundamental e educação infantil”, ressalta.