Ministro anuncia implantação do Programa Escola Aberta em Salvador

15 de mar de 2005 - dev

Pedro Castro Filho

O ministro da Educação, Tarso Genro, anunciou no último dia 14, em Brasília, que o programa Escola Aberta será expandido para três áreas metropolitanas: Salvador (BA), Baixada Fluminense (RJ) e Porto Alegre (RS). Presente ao evento, a secretária municipal de Educação e Cultura de Salvador, Olívia Santana, considerou que foi uma conquista importante trazer o Programa para Salvador. “Quando assumi a Secretaria, já tinha a intenção de trazer o Abrindo Espaços, da UNESCO, para Salvador. Depois descobri que o governo federal estava assumindo o programa, com a nomenclatura de Escola Aberta”, ressalta Olívia Santana.
O programa atua de forma experimental em 154 escolas das regiões metropolitanas de Vitória (ES), Recife e Olinda (PE) e Belo Horizonte (MG) e visa melhorar a qualidade da educação e criar oportunidades de acesso a atividades educativas, culturais, esportivas e de lazer à comunidade do entorno da escola aos sábados e domingos.
Trata-se se da abertura de escolas da rede municipal durante os finais de semana para a realização de oficinas de qualificação profissional; lazer; cultura; artes; esportes e saúde. As atividades estão à disposição de toda a comunidade e têm o objetivo de melhorar o relacionamento entre professores, alunos e pais e de reduzir os índices de violência. O Escola Aberta é desenvolvido pelos ministérios da Educação, do Esporte, do Trabalho e Emprego e da Cultura, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Diversas ações sociais serão realizadas pela Prefeitura através do Programa Escola Aberta, que será realizado ainda em 2005 em escolas da rede municipal de Salvador. Através da coordenação da Secretaria Municipal de Educação, diversas secretarias estarão envolvidas na implantação do Programa Escola Aberta. Em reunião realizada no dia 24 de fevereiro, na Secretaria Municipal de Educação, com a presença de representantes da UNESCO, foi nomeada uma equipe técnica que ficará responsável pela implantação do programa na capital baiana.
Experiências exitosas
Além de integrar jovens e comunidades, a oferta de atividades esportivas, artísticas e culturais ajuda na socialização e contribui para a reconstrução da cidadania. O programa cristaliza um dos elementos definidores da vida social: a participação. Trata-se da demanda por uma escola mais atuante e presente em suas vidas, expressando desejo de ser sujeito desse processo. Outra idéia que norteou a concepção do programa é o envolvimento das comunidades locais. Estados e municípios têm total liberdade para adequar o Programa Escola Aberta à realidade e necessidade locais.
Em Pernambuco, por exemplo, o programa teve início em agosto de 2000 e três anos depois ampliou seu raio de alcance para 14 municípios da Região Metropolitana e cinco municípios do interior do Estado, com a participação total de 430 escolas e um público estimado em 100 mil jovens por final de semana. Atendendo a demanda de ofertas e necessidades de cada comunidade, em Pernambuco as escolas oferecem oficinas de dança, esportes, capoeira, bordado, teatro, pintura e informática, dentre outras. No Rio de Janeiro, o Programa ainda conta com a participação de ONGs locais, que realizam oficinas formativas, e com a presença de universitários, que desenvolvem ações sobre temas de interesse local como sexualidade, meio-ambiente e cidadania.
Em São Paulo, o Programa tem dois grandes parceiros: o Instituto Brasil Voluntário – Faça Parte e o Instituto Ayrton Senna, que desenvolve um trabalho voltado para o desenvolvimento do protagonismo juvenil. Lá são exercidas oficinas de capoeira, hip hop, canto coral, gibiteca, mostras de poesia, rádio comunitária, jornal impresso e eletrônico. Além de qualificação profissional, com aulas de informática; idiomas; curso pré-vestibular e cursos básicos de qualificação profissional.
Fontes: MEC e UNESCO