Morte Materna é tema de seminário

12 de maio de 2009 - dev

A Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC), em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), realizou na manhã de terça-feira (12) o Seminário de Sensibilização Sobre Direitos Reprodutivos e Redução da Morte Materna.

O evento aconteceu no auditório do Previs (extinto IPS) e reuniu gestores escolares, coordenadores regionais e representantes das secretarias municipais de Relações Internacionais (SECRI), Saúde (SMS) e Reparação (SEMUR). O objetivo foi discutir as ações que serão desenvolvidas em todas as escolas da Rede Municipal de Ensino para prevenir as gestações não desejadas e consequentemente reduzir os índices de mortes maternas em Salvador.

Segundo dados do Ministério da Saúde, entre os anos de 1993 a 1998 o número de meninas grávidas, com idade de 10 a 14 anos, que foram atendidas pelo SUS aumentou em 31%. Ainda nestes cinco anos, 50 mil adolescentes foram atendidas em hospitais públicos por causa de complicações de abortos clandestinos. Deste universo, quase 3 mil tinham entre 10 e 14 anos.

Para a subcoordenadora de Ações Socioeducativas da SMEC, Valda Marques, a educação tem que ser integral e cabe à escola orientar os alunos, esclarecendo dúvidas sobre seus anseios e desejos. Marques explica que os jovens de hoje necessitam de acompanhamento para evitar uma gravidez inesperada e a escola pode contribuir com ações pedagógicas. “12 escolas da rede já aderiram às aulas educativas com palestras e oficinas para alunos do 5º ao 9º ano. Ainda este ano 29 escolas irão incluir no cronograma ações voltadas à educação sexual”, conta.

Segundo o subsecretário da SEMUR, Ailton Ferreira, assuntos como vacinação, prevenção de DST, higiene pessoal, por exemplo, não fazem parte do cotidiano da classe social mais baixa. Por isso, trazer para as escolas públicas esse compromisso é uma grande iniciativa.

Para que os professores possam ministrar aulas sobre este assunto, a SMEC realiza palestras e oficinas que abordam o tema. Nas escolas já estão sendo desenvolvidas atividades voltadas à saúde sexual e aplicados questionários de vulnerabilidade para que os educadores possam conhecer melhor o perfil dos alunos.