Nuper participa de encontro para discutir e sensibilizar sobre Anemia Falciforme

07 de ago de 2018 - Jornalismo

O Núcleo de Políticas Educacionais das Relações Étnico-Raciais (Nuper) e a Coordenadoria de Inclusão e Transversalidade, ambas da Secretaria Municipal de Educação (Smed) participaram na quinta-feira (2) de mais uma reunião sobre a importância de se discutir o problema da doença falciforme, organizada pela Secretaria Municipal de Saúde. Desta vez, o encontro foi realizado na Faculdade Unijorge, localizada no bairro do comércio e, além da Smed, contou com a presença de representantes das secretarias municipais de Saúde, Reparação, Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza e da Associação Baiana de Pessoas com Doença Falciforme (Abadfal).

De acordo com Eliane Boa Morte, coordenadora do Nuper, as reuniões ocorrem desde o final do ano passado, com o objetivo de discutir efetivamente a anemia falciforme, além de organizar a sensibilização que será feita até o final do ano . “Surgiu, na reunião do dia 24 de julho, um projeto que está sendo implementado pelas pastas envolvidas sobre a anemia falciforme e o combate ao racismo institucional. Por isso, concluímos que precisamos sensibilizar as pessoas para este problema, para que se interessem e façam um curso de formação, que será realizado em novembro, em parceria com o Ministério da Saúde. Deste modo, cada secretaria indicará o público participante dessas sensibilizações nos próximos três meses”, detalha.

Em relação à Rede Municipal de Educação, a coordenadora do Nuper explica que o objetivo é sensibilizar e capacitar pessoas para que atendam de forma qualificada alunos com anemia falciforme. “Precisamos observar, principalmente, aquelas que os familiares não identificam os sintomas, mas que o professor possa ter uma observação mais qualificada. O trabalho do Nuper é articular com o setor de saúde da Smed para ver como podemos fazer isso de forma inédita, já que haverá vários desdobramentos, pois precisamos de dados concretos, sobre a quantidade de pessoas que tem anemia falciforme na rede municipal de educação, de que forma vamos fazer esse levantamento, quais as parcerias que precisamos fazer para obter esses dados e assim fazer uma política direcionada a este público”.

Outra discussão que o Nuper está fazendo é para que se reconstrua uma cartilha, que, de maneira geral, possa orientar os docentes. “Na verdade, esse material já existe, mas vai ser ampliado para que seja nacional e que possa nos dar orientações básicas, de forma que depois possamos fazer algo mais específico para Salvador”, reitera.

NUPER – O Nuper foi criado em 2006, a partir de um projeto proposto por Eliane Boa Morte, cuja trajetória educacional está relacionada ao ensino igualitário e de entendimento sobre as relações étnico-raciais. Com a oficialização em 2008, o Núcleo se tornou parte integrante da Educação na implementação das Diretrizes Curriculares para a inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no Sistema Municipal de Ensino de Salvador.