Parceria da Escola Vivaldo da Costa Lima com o Projeto Axé é finalista no 12º Prêmio Itaú-Unicef

25 de set de 2017 - Publicidade

O projeto “Atendimento Sócio-Educativo de Tempo Integral: Arteducação, Fortalecimento Familiar e Acompanhamento Escolar”, desenvolvido pela Escola Municipal Vivaldo da Costa Lima com o Centro Projeto Axé de Defesa e Proteção à Criança e ao Adolescente, foi um dos finalistas do 12º Prêmio Itaú-Unicef. Neste ano, foram 1.600 ações inscritas, das quais 96 foram selecionadas, somando 19.056 crianças e adolescentes atendidos em todo o país. Nessa etapa, os dois parceiros recebem o prêmio de R$ 10 mil cada um e estão no páreo para concorrer nas próximas etapas (regional e nacional).

A parceria vem sendo desenvolvida desde 2007, numa iniciativa da diretora da unidade escolar, Joseane Copque, no Pelourinho (antiga localização da escola). Atualmente os trabalhos de desenvolvem no bairro do Santo Antônio Além do Carmo, Centro Histórico de Salvador, onde se localizam a escola e as unidades de atendimento do Projeto Axé, que é voltado a crianças, jovens e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social.

Em um turno, os alunos frequentam a escola, onde têm acesso ao currículo formal e no turno oposto são atendidos pelo Projeto Axé, em atividades que compreendem oficinas de Experimentação em Artes, Estamparia e Moda, oficinas de fruição em Dança e Capoeira e Oficinas de fruição em Música. Eles também têm acesso a outras atividades, realizadas pelas instituições em parceria com museus, postos de saúde, CRAS, centros de cultura, fundações, teatros, universidades etc.

Os principais resultados desse trabalho são a diminuição da evasão escolar e garantia de permanência dos alunos na escola; o acesso a atividades educativas em período integral, evitando o retorno à situação de vulnerabilidade anteriormente detectada; diminuição das situações de conflitos no âmbito interno e externo da escola e o crescente número de estudantes com sucesso escolar.

Os coordenadores da parceria são Marcos Antônio Candido Carvalho, do Projeto Axé, e Wendel Souto Batista, vice-diretor da Escola Vivaldo da Costa Lima. “A premiação fortalece a parceria de dez anos com o Projeto Axé e abre possibilidades de valorizar a escola como agente de transformação social. Representa também uma conquista de toda a comunidade escolar (professores, funcionários, pais e alunos) que durante esse período colocou em prática as ações do Projeto e confiou no sucesso e na mudança desses jovens, muitas vezes desacreditados pela sociedade que deveria ser a primeira a acolhê-los”, afirma Batista.

De acordo com ele, os alunos do Projeto Axé representam quase 20% do número de matriculados na Vivaldo nos três turnos. Batista enfatiza que uma das ações desenvolvidas é o acompanhamento sistemático da frequência dos alunos à escola e a sinalização para o Projeto Axé em caso de faltas e ausências não justificadas.

Prêmio –  Conforme o site Educação & Participação | Educação Integral,  o prêmio Itaú-Unicef foi criado em 1995, com objetivo de “identificar, reconhecer e estimular parcerias entre organizações da sociedade civil (OSCs) e escolas públicas no desenvolvimento de projetos socioeducativos que contribuam com as políticas públicas de Educação Integral para crianças, adolescentes e jovens em condições de vulnerabilidade socioeconômica.”

A 12ª edição do Prêmio tem como mote Educação Integral: Parcerias em Construção. “O valor da premiação para os finalistas é de R$ 10 mil para cada OSC e cada escola pública responsável. Das parcerias finalistas, 32 serão premiadas na fase seguinte, quatro por regional, de acordo com o porte reconhecido pelo Prêmio: micro, pequeno, médio e grande. Nessa fase, serão distribuídos outros R$ 20 mil para cada OSC e cada escola das parcerias premiadas regionais. A última fase será marcada pela avaliação e seleção de 4 parcerias premiadas nacionais, uma por porte. Cada OSC e cada escola receberá R$ 100 mil nessa fase. Dessa forma, a parceria contemplada nacionalmente terá acumulado um total de R$ 260 mil em premiações ao longo do processo, sendo R$ 130 mil para a organização e R$ 130 mil para a escola”, diz o site.