Prefeitura conclui contratação de professores para implantação da reserva

11 de mar de 2016 - Jornalismo

O secretário municipal da Educação, Guilherme Bellintani, lamentou que, mesmo com a finalização da contratação de professores para universalização da reserva de jornada na rede municipal, a categoria tenha decidido pela manutenção da greve. Para Bellintani, a decisão só demonstra, mais uma vez, que o movimento é político e motivado por uma disputa pelo comando do sindicato.
“Concluímos ontem a contratação dos professores para universalizar a reserva de jornada, dando, portanto, como encerrado esse processo. Estamos realizando agora os últimos ajustes de lotação desses professores em sala de aula, restando apenas implantar 3% da carga horária em toda a rede. Este relatório foi apresentado ao sindicato e a decisão pela permanência da greve só confirma que o movimento é motivado por uma disputa política. Infelizmente, o uso das crianças da nossa cidade para isso é muito prejudicial”, disse o secretário.
Bellintani destacou que, pela falta de propósito da greve, o sindicato está perdendo para a própria categoria. “Mais de 80% da reserva já havia sido implantada antes da greve. Por isso, a paralisação teve uma adesão baixa e a cada dia a gente registra um acréscimo de escolas que voltam às atividades”, destacou, acrescentando que 70% das escolas já estão funcionando normalmente.
Dos 573 profissionais contratados para finalizar a universalização da jornada que já assinaram contrato com a Secretaria Municipal de Gestão (Semge), 480 já foram lotados pela Secretaria Municipal da Educação (Smed) e encaminhados às respectivas escolas.
Cortes – A Justiça da Bahia decretou na última quarta-feira (09) a ilegalidade da greve dos professores da rede municipal de ensino. A decisão determinou também o retorno imediato às atividades, com multa diária estabelecida em R$ 50 mil à APLB em caso de descumprimento. Por isso, os professores que não retornaram para sala de aula terão os dias não trabalhados desde o início da greve cortados.
“No nosso entendimento, é um absurdo um sindicato, que é um poder constituído legítimo, não respeitar a decisão judicial de uma desembargadora. O nosso desejo, em caso de descumprimento judicial, é fazer valer a cobrança da multa. Vamos também cumprir o que determina a lei, respeitando o direito de greve, mas também descontando os dias não tralhados. Assim manda a lei e assim vamos fazer”, finalizou Bellintani.