Prefeitura inaugura Escola Municipal e primeira etapa das obras de urbanização da comunidade Guerreira Zeferina

06 de abr de 2018 - Jornalismo

Inauguração Guerreira Zeferina

A Prefeitura de Salvador inaugurou nesta sexta-feira (5) a Escola Municipal Guerreira Zeferina, durante a solenidade de inauguração da primeira etapa das obras de urbanização da comunidade Guerreira Zeferina, em Periperi, no Subúrbio Ferroviário. A unidade escolar tem 830m² e conta com dois pavimentos, que comportam pátio coberto, dez salas de aula, três de descanso, diretoria, secretaria, sanitários, sanitário PNE, solário, playgound, além de estruturas complementares, como cozinha, despensa, espaço para freezers, lavanderia e área de serviço. Todo o prédio leva em conta a acessibilidade.

Foram investidos R$ 2,1 milhões na nova estrutura, que tem o mesmo padrão de qualidade das demais unidades de ensino entregues na cidade. A capacidade é para 200 alunos. Na primeira etapa, a unidade de ensino vai atender alunos dos grupos 2 e 3, o que representa a atual demanda da comunidade. Na medida em que essa demanda for se alterando, novas turmas serão abertas. A escola foi um dos pedidos da comunidade à Prefeitura.

A escola faz parte do projeto de transformação daquela comunidade, conhecida anteriormente por Cidade de Plástico. As pessoas que viviam nessa localidade, antes das obras entregues nesta sexta-feira em sua primeira etapa, dentro das comemorações pelo aniversário de 469 anos de Salvador, moravam em barracos feitos de madeira, lona e plástico, sem dignidade, sem esperança. Não havia rede de esgoto, energia elétrica ou pavimentação. Quando chovia, a lama tomava conta dos moradias precárias.

“Nunca mais essa área da cidade será chamada assim, de Cidade de Plástico. Enfrentamos a desconfiança de muitos que estão aqui hoje , mas chegamos com a preocupação de fazer um trabalho integrado e completo na área social. E demos toda a assistência às famílias antes, durante e continuaremos dando depois da entrega de toda essa obra”, afirmou o prefeito ACM Neto, que comandou a solenidade de inauguração da primeira etapa das obras ao lado do vice-prefeito Bruno Reis, secretários e dirigentes municipais, parlamentares, lideranças e população.

O trabalho teve envolvimento da Casa Civil, da Fundação Mario Leal Ferreira e de outras secretarias e órgãos municipais. Foi elaborado um projeto de urbanização com elevado alcance social que considerasse os desejos e anseios das mais de 250 famílias que residiam na então chamada Cidade de Plástico, uma das áreas mais pobres da cidade. As famílias foram cadastradas e se iniciou um processo de discussão amplo e democrático, com inúmeras reuniões entre as equipes do Executivo municipal e os moradores.

Mudança – A antiga Cidade de Plástico hoje se transforma de uma vez por todas na comunidade Guerreira Zeferina, com um conjunto habitacional para 257 famílias, sendo 125 imóveis entregues agora na primeira etapa das intervenções. As famílias começam a mudar em algumas semanas. O investimento total é de R$21 milhões, oriundos de recursos próprios da Prefeitura, englobando uma área de 20 mil metros quadrados, entre a via férrea e o mar. Na segunda etapa serão inaugurados os 132 apartamentos restantes divididos em outros cinco blocos, o centro comunitário, quatro boxes comerciais distribuídos em dois quiosques, um parque infantil, uma academia de saúde, um espaço de lazer e convivência e estacionamento.

Estrutura e capacitação – Os apartamentos estão distribuídos em 10 prédios, com 2 ou 3 quartos. O conjunto conta com infraestrutura completa e dispõe de 20 moradias adaptadas para pessoas com deficiência. Enquanto as novas residências e infraestrutura foram e estão sendo construídas (no caso da segunda etapa), com obras a cargo Superintendência de Conversação e Obras Públicas (Sucop), órgão ligado à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) os moradores recebem auxílio-moradia da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps). Desde o início, a comunidade é acompanhada pela equipe social da Prefeitura, com a realização de atividades que fortaleçam a comunidade.

Esse trabalho social consiste no acompanhamento diário, sobretudo das famílias com maior vulnerabilidade social, e realização de cursos, oficinas, visitas e encontros de preparação para a nova realidade, com perspectiva de inserção dos moradores no mercado de trabalho, favorecendo, assim, o protagonismo da comunidade. Entre os cursos e/ou oficinas realizados e que terão continuidade mesmo após seis meses da entrega das chaves estão o de pedreiro, eletricista, produção de vídeo, doces e salgados, cuidador (a) de idosos e até de liderança, voltado para a convivência em condomínio.

Fotos: André Carvalho/Ascom/Smed e Max Haack/Secom/PMS