Professores da rede participam de vivência em artes visuais

29 de set de 2014 - dev

Uma verdadeira viagem a cultura africana, às máscaras e seus rituais. O trabalho da Vivência Artística do projeto As Escolas Vêm ao Mário Gusmão da última sexta-feira (26) contou com a participação de cerca de 60 professores, que durante todo o dia desenvolveram trabalhos dentro do contexto. A ação, realizada pela Secretaria Municipal de Educação (SMED), por meio do Centro Municipal de Arte, Educação e Cultura (CEART), teve início às 8h e foi conduzido pelos professores de Artes Visuais, Luisa Cristina e Sévani Rebouças. Os dois provocaram os professores à reflexão sobre “As Máscaras Africanas” e seus valores subjetivos.

O tema norteador baseado na Lei 10. 639 teve como escolha as máscaras por elas serem carregadas de valores e intenções e por aproximar o universo africano à realidade da educação brasileira. “A produção de máscaras é utilizada em toda África e a a sua função não é estética e sim a de transmitir e a preservar o seu conhecimento ancestral e seus valores”, explica a professora Luisa.

A partir dessa provocação, os professores foram construir suas obras. Como resultado, máscaras que expressam a necessidade e a importância do professor, com as cabeças enormes, para traduzir inteligência; bocas grandes, para que nunca se calem diante de injustiças; e ouvidos bem desenhados, ressaltado a importância da escuta.

No final foram produzidas seis máscaras cada uma delas com uma abordagem diferente a partir da reflexão de cada um dos seis subgrupos. Para chegar a esse formato de planejamento, os professores de artes visuais se debruçaram em diversas fontes de pesquisa até identificar a melhor forma de abordar a temática e a ferramenta adequada. “Pesquisamos em vários livros de história da arte, em especial história da arte africana, assistimos alguns vídeos e lemos artigos acadêmicos”, explica o professor Sévani.

O planejamento dos professores do CEART buscou atender a reflexão sobre a Lei, trazendo elementos da realidade africana, provocar discussões sobre valores, sensações, sentimentos e proporcionar felicidade. “No fim da atividade, eles puderam perceber o seu potencial, uma vez que os trabalhos tiveram resultados riquissímos. Eles se sentiram felizes ao perceber do que são capazes e esse sentimento eles também podem provocar em seus alunos”, finaliza a professora Luisa Cristina.