Professores participam de seminário indígena

17 de abr de 2009 - dev

Para muitos, eles não são “civilizados”, são selvagens, violentos, preguiçosos ou, em outros casos, são objeto de curiosidade como parte do folclore do País. O preconceito marca a visão sobre o índio dentro da sociedade brasileira e provoca a discussão nas escolas em busca da inclusão social.

Um rico encontro com professoras e gestoras das escolas vinculadas à Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Itapuã deu início às ações para a inserção da educação indígena no currículo escolar na rede municipal de ensino.

O seminário, realizado pela Municipal Cidade Vitória da Conquista, norteia as ações pedagógicas desenvolvidas em sala de aula, após a implementação da lei 11.645/08. A lei exige que as escolas se adaptem ao contexto da inclusão da história e cultura indígena no currículo escolar de forma mais sistêmica.

A índia tupinambá, Nadia Acauã, da região de Olivença, deu introdução a dinâmica, na construção de um pássaro feito com papeis dobrados, representando a lenda do Uirapuru. A índia retratou a realidade do seu povo. “Pela sua maneira “diferente” de viver, seus costumes, seus elementos simbólicos e seus ritos, muitas pessoas desconfiguram a imagem dos índios, tornando essencial a inclusão do ensino indígena nas escolas” disse Acauã.

O conteúdo programático abordará diversos aspectos da história e da cultura dos povos indígenas do Brasil, que caracterizam a formação da população brasileira, resgatando as contribuições nas áreas social, econômica e política.

Para a pedagoga Suzana Martins, da SEC – Secretaria Estadual de Educação, é muito importante sensibilizar a sociedade não índia para a visão da história indígena. “Não devemos aceitar a imposição da imagem de um “índio genérico” nos livros didáticos” afirmou. O Seminário “Educação Indígena no Currículo Escolar” foi realizado hoje (dia 17/04) no Casa da Música, Lagoa do Abaeté, Itapuã.