27 de dez de 2005 - dev
A idéia é ensinar aos jovens a importância dos direitos humanos, capacitando, de forma pioneira, alunos em 26 escolas públicas municipais da capital para que eles sirvam de paradigma para seus colegas e familiares. Assim, o Programa de Educação em Direitos Humanos (Progredh) pretende reduzir os índices de violência e evasão escolar. “Queremos trabalhar o protagonismo juvenil para a defesa dos direitos humanos, pois em muitos casos, os jovens são vítimas, mas também protagonistas de muitos casos”, explica a responsável pela elaboração e coordenação do programa, a promotora de Justiça da Cidadania, Márcia Virgens.
O Progredh é um programa de educação em direitos humanos, voltado para os jovens entre a 5ª e 8ª séries. Foi criado de forma pioneira pelo Ministério Público Estadual e teve a primeira parceria assinada com a prefeitura municipal da capital no último dia 22. Para isso, 300 jovens (150 meninos e 150 meninas), serão selecionados, através de critérios como boletim escolar, comportamento e freqüência. Eles participarão de palestras, trabalhos em grupo, seminários, encontros com promotores de Justiça e de visitas aos centros operacionais e unidades do Ministério Público, da Defensoria Pública e da magistratura.
Assim, o poder público, segundo Márcia Virgens, estará atuando em duas frentes especificadas nas Metas do Milênio (criadas pela Organização das Nações Unidas – ONU – para nortear os trabalhos sociais dos países pobres e em desenvolvimento): a universalização do ensino e a igualdade entre homens e mulheres. “O objetivo é que eles absorvam o conteúdo dos grandes tratados, como a Declaração dos Direitos Humanos, por exemplo, ou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Tudo será passado de forma simples, para que acenda nessas crianças uma consciência social que as ajude a transformar suas vidas e a daqueles que as cercam”, explica a promotora.