Projeto facilita aprendizagem de alunos municipais

03 de mar de 2009 - dev

Raciocínio lógico, autoconfiança e facilidade de interpretação são características de destaque nos alunos da Escola Municipal Suzana Wesley, na Boca do Rio, graças ao Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI), implantado há cerca de um ano. O objetivo da ação é traçar estratégias capazes de desenvolver a inteligência de alunos com baixo rendimento escolar por apresentarem dificuldades de aprendizagem.

Para alguns professores, o PEI é uma espécie de pronto socorro do aprendizado. Os estudantes que mostram maiores dificuldades são enviados a um atendimento psicopedagógico, onde é feito um teste para identificar a função congnitiva (pré-requisito do pensamento) que está desativada, para dar início ao trabalho. O atendimento é baseado na utilização de ferramentas que exigem raciocínio intenso dos alunos para a resolução de qualquer problema. Em seguida, o aluno deve explicar de que forma ele concluiu a questão e ainda comparar com situações do cotidiano.

De acordo com as especialistas em Enriquecimento Instrumental, Silvia Simões e Nilda Noronha, a implantação do PEI em uma escola municipal é motivo de comemoração, já que não há registro da existência do programa em nenhuma escola de Salvador, inclusive nas particulares. Elas explicam que o principal motivo é o preço do serviço. Uma consulta desse tipo num consultório particular não sai por menos de R$ 80 a hora. Na Suzana Wesley, elas atuam como voluntárias.

Os resultados têm animado os docentes da escola municipal. “Os alunos passaram a se expressar com mais facilidade. No programa, eles são estimulados a falar. Estão muito mais participativos e as notas são bem melhores”, relatou a professora Luana Fernandes.

Considerado figura de destaque, Valter Rodrigues, de 15 anos, estuda na escola há mais de oito. Os professores já haviam notado deficiência no ritmo de aprendizagem do estudante, que atualmente ainda está no 5º ano fundamental. Com o início do programa, o aluno passou a receber acompanhamento das profissionais e já apresenta resultados positivos: com pouco mais de 70% de participação nos encontros, houve elevação na auto-estima e avanços na habilidade ao lidar com mais de uma situação ao mesmo tempo, que contribuem para o desenvolvimento das atividades escolares.