Salvador bate recorde de inscrições do Programa Brasil Alfabetizado

18 de jul de 2006 - dev

SALVADOR BATE RECORDE DE INSCRIÇÕES DO PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO

Encerrado o prazo para inscrições, o Projeto Brasil Alfabetizado- Salvador Cidade das Letras cadastrou cerca de 20.000 jovens e adultos, que serão alfabetizados ainda em 2006. Este número é o recorde nacional de inscrições do Programa Brasil Alfabetizado. Nos últimos dez anos, foram alfabetizados, anualmente, pela Prefeitura, uma média de 2.000 alunos. Segundo dados do IBGE, a capital baiana possui cerca de 300 mil analfabetos e analfabetos funcionais.

Segundo o secretário municipal de Educação e Cultura, Ney Campello, a educação de maneira geral está diretamente relacionada a diversos índices como desemprego e renda. “Muitas pessoas saem do interior em busca de emprego e acabam não dando continuidade aos estudos. O nosso papel é dar estudo para que estes jovens e adultos se capacitem e tenham uma profissão”, afirma. Dentre as capitais brasileiras, Salvador detém o penúltimo PIB, acima apenas de Teresina (PI).

Além da alfabetização, o projeto “Salvador Cidade das Letras” também irá oferecer cursos profissionalizantes, como Artesanato, Alimentação Alternativa, Atendimento ao Público, Eletricista, Empreendedorismo, Trabalho Doméstico, Informática e Jardinagem.

Para alfabetizar e profissionalizar os estudantes, a secretaria está recrutando e capacitando mais de mil alfabetizadores. Para ser alfabetizador, é preciso ter completado o ensino médio e possuir alguma experiência em educação.

“No processo de letramento, o indivíduo deve ser levado em conta. As pessoas têm desejos e vontades distintas. O ensino não pode ser realizado de uma forma homogênea”, frisou.

As salas de aula do programa foram cedidas por associações de moradores, igrejas e iniciativa privada. “Este não é um desafio só do Poder Público e sim de toda a sociedade”, frisou Ney Campello.

A meta da Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC), é zerar o índice de analfabetismo em Salvador, num prazo de 10 anos.