Saúde da mulher negra é desafio para a sociedade

30 de nov de 2011 - dev

Encerrando o mês dedicado à luta contra a discriminação e o preconceito, o Seminário Saúde Integral das Mulheres Negras reuniu, nesta quarta-feira (30), cerca de 200 participantes na Fundação Visconde de Cayru, nos Barris. O evento, promovido pela Superintendência de Políticas para as Mulheres (SPM) em parceria com a Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult), contou com a adesão de representantes de diferentes órgãos da Prefeitura, associações comunitárias e grupos de defesa dos direitos da mulher.

Segundo a superintendente da SPM, Ana Angélica de Araújo Santos, o objetivo do seminário foi debater com a sociedade as principais questões relacionadas à saúde da mulher negra, a exemplo das doenças mais comuns entre essa parcela da população, como a hipertensão, diabetes e anemia falciforme. Ela destaca que, entre mulheres negras, ocorre o maior número de casos de mortalidade materna. Outros temas importantes tratados no seminário foram o impacto da violência doméstica na saúde mulher negra e os impactos da doença falciforme na educação.

O secretário Municipal da Reparação, Ailton Ferreira, ressaltou os avanços alcançados por Salvador, nas políticas voltadas à promoção da igualdade racial e combate ao preconceito, como o Fiema. “Não podemos esquecer que só recentemente o Estado brasileiro começou a criar políticas específicas para a população negra”, lembrou o secretário.

A Secult participou do evento, através do Fundo Municipal de Desenvolvimento Humano e Inclusão Educacional das Mulheres Afro-Descendentes (Fiema) e da Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico (Ceap). A atividade contou com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, através da sua Assessoria de Promoção da Equidade Racial da Saúde, e integra as ações da Mobilização Nacional Pró Saúde da População Negra – 2011, realizadas em todo país, em novembro, para marcar o mês dedicado à consciência negra.