Seminário discute fenômenos da adolescência

10 de set de 2009 - dev

Estudar a adolescência na contemporaneidade e discutir as dificuldades de lidar com esse público foi o principal objetivo do Seminário Diálogos sobre a Adolescência, promovido hoje (10) no auditório do Ministério Público da Bahia – Nazaré. O evento aconteceu das 8h30 às 12h30 e foi organizado pela Coordenadoria Regional de Educação (CRE) Cabula.

Professores da Rede Municipal de Ensino, de escolas particulares e diversas instituições estiveram presentes no evento. De acordo com a coordenadora regional Corina Sandes, o Seminário foi construído a partir da necessidade ampliar o conhecimento dos educadores. “Vamos saber como lidar com esse público e que tipos de trabalhos desenvolver nas escolas”, acrescentou.

Para começar de uma maneira bastante prazerosa, a professora Simone Moraes, da Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico (CENAP), fez uma acolhida com exercícios de relaxamento, propondo a todos uma viagem imagética e harmônica. Em seguida a ouvidora da Secretaria Municipal da Cultura Esporte e Lazer (SECULT), Roberta Calvacanti, falou da importância de se estudar a adolescência, ressaltando que esse fenômeno vem acontecendo cada vez mais cedo.

O psicólogo e filósofo Geová Moraes abriu a palestra Adolescência: Desafios e Horizontes com o poema de Shakespeare ‘Um dia a gente aprende’. Para Moraes, o desafio de lidar com a adolescência é fundamental. “Se a gente não tiver desafios, vamos ficar paralisados”, afirmou.

Além disso, ele discursou sobre aspectos biológico, social e psicológico; puberdade precoce; e o papel da mídia no imaginário das pessoas. Baseado em Piaget, Moraes, que também é professor, citou o comportamento ainda infantil dos adolescentes.

Já a promotora da Infância e da Juventude do Ministério Público da Bahia, Márcia Guedes, ministrou sobre os direitos das crianças e dos adolescentes, com ênfase na educação. Para ela, a educação é também essencial para salvar vidas, já que o jovem que está ocupado, que estuda, tende a ser afastar do envolvimento com o crime.

O Seminário também foi marcado pelo lançamento da Campanha contra o ‘Bullying’, com orientações da promotora para os professores de como agir. A representante do MP disse ainda que nem todos os atos podem ser caracterizados como indisciplinar (maioria dos casos), já que alguns deles são considerados infracionais e devem ser encaminhados à justiça.