Seminário faz análise sobre estudantes da EJA

28 de set de 2008 - dev

A Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC), através da Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico (Cenap), promoveu, na última sexta-feira (26), o Seminário Municipal do EJA: Sujeito e Saberes na Alfabetização de Jovens e Adultos. O encontro reuniu gestores escolares, coordenadores pedagógicos, professores que atuam na EJA e estudantes de Pedagogia da Fundação Visconde de Cairu.

A coordenadora da mesa, Telma Cruz, alertou sobre as formas pré-estabelecidas da sociedade de encarar alunos da EJA. “Não existe uma idade definida para apreender, nem turnos únicos como o noturno. É preciso reorganizar a forma como vem sendo feita essa educação” afirma.

Para a professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Sandra Marinho, não se deve perder de vista que o público alvo do EJA são pais e mães de famílias, trabalhadores e desempregados que vivem à margem, e por isso questionam a necessidade de irem às escolas, procurando identificar nos temas das aulas uma utilidade prática. “Eles se perguntam como vão utilizar esse conhecimento no dia-a-dia de suas vidas”, explica.

Segundo Marinho, a educação por si só é transformadora, revolucionária e esses cidadãos são sujeito de necessidade de direito. “Nós educadores temos a função de fazer com que esse sujeito compreenda o sentido para quê estão na vida. Em educação os resultados são a longo prazo por isso não devemos ficar inertes e temos que assumir essa transformação social”, finaliza.