SMEC atende adolescentes que cumprem medidas sócio-educativas

25 de abr de 2007 - dev

Para atender crianças e adolescentes em conflito com a lei e que cumprem medidas sócio-educativas em meio aberto, a Secretaria Municipal da Educação e Cultura em parceria com a Fundação Cidade Mãe, Instituto Criança Viva e Central de Medidas Socioeducativa em Meio Aberto, oferece aulas regulares e cursos de informática, música, educação física e artes, a fim de reintegrá-los ao contexto escolar.

Assim, a SMEC está em consonância com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), que afirma que: “A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando igualdade de condições para o acesso e permanência na escola” (Lei 8069, art.53).

O secretário municipal de Educação e Cultura, Ney Campello defende que a escola não deve ser vista apenas na perspectiva do ensino regular, mas deve ir onde está o estudante. “O Poder Público tem o dever de garantir o direito à educação de crianças e adolescentes, por isso, estamos nos deslocando até estes jovens, a fim de garantir este direito”, enfatiza. Já a coordenadora da Escola Viva, Veruska Andrade afirma que o programa oferecerá aulas dinâmicas e com resultados eficientes, atendendo as necessidades dos alunos.

De acordo com a professora Maria Durvalina, que irá lecionar para os 15 meninos matriculados na Escola Viva, o principio básico para dar aulas a estes adolescentes é a audição sensível. Escutar as dúvidas, os medos e a ansiedade de cada um. “Foi através desta perspectiva que criei meus planos de aula e continuarei todo meu trabalho seguindo esta lógica”.

A técnica da Central de Medidas Sócio-educativa em Meio Aberto, Silvia Monteiro, que irá acompanhar todo processo de aprendizado dos garotos, que a Escola Viva será importante para levantar a auto-estima, oferecendo oportunidades que antes lhes eram negadas. Segundo ela, os meninos por estarem em um regime de meio aberto podem freqüentar escolas regulares normalmente, mas não se sentem seguros e por isso não retornam as unidades de ensino. “Aqui eles aprenderão a reaprender. Deixarão a desmotivação, a dificuldade de cumprir horários e o medo para trás, dando continuidade aos seus estudos”.

O estudante I.I.S.S, de 17 anos, está otimista em relação as aulas. “Acredito que na escola poderei aprender a construir meu próprio caminho e o meu futuro”. Para a presidente da Fundação Cidade Mãe, Iara Farias, a educação é uma maneira de reintegrar os adolescentes e de oferecer novos rumos. “Quase tudo foi negado a estes jovens, por isso, é preciso oferecer uma educação criativa e que obtenha bons resultado”, ressalta.

Através deste programa, o Instituto Criança Viva, que atende crianças e adolescentes hospitalizados, amplia os seus serviços educacionais para jovens em situação de risco social. Medidas de meio aberto são aquelas que o jovem em conflito com a lei presta serviços à comunidade e têm a sua liberdade assistida por algum Centro Sócio-educativo.