25 de mar de 2007 - dev
Luiza Torres
Aprender com as diferenças e respeitá-las. No Dia 21 de Março esta conscientização ganha mais força, porque a data foi escolhida como o Dia Internacional da Síndrome de Down. A homenagem foi feita pela Associação Internacional Down Syndrome International, em alusão aos três cromossomos no par de número 21 (21/3) que as pessoas com Down possuem. È também uma maneira de fazer com que a sociedade se informe melhor sobre o assunto.
Segundo a diretora da Associação Baiana de Síndrome de Down (SerDown), Lívia Mesquita, o dia deve ser lembrado como a superação de barreiras e limites das pessoas que possuem Síndrome de Down. “Esta data é muito importante porque torna visível todas as ações e lutas destas pessoas especiais. Demonstra também que eles podem estudar, trabalhar, viver sozinhos, casar e cuidar dos filhos”, afirma. A diretora explica que para que tudo isto seja possível é preciso que a sociedade e o poder público estejam sensibilizados para a questão.
Consciente sobre o seu papel, a Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC) implantou nas escolas da rede municipal de ensino o Programa de Educação Inclusiva, que atende crianças e adolescentes especiais, entre eles, o que apresentam Síndrome de Down. No total, cerca 70 alunos Down estudam na rede municipal de ensino. “Aqui todas as crianças ficam na mesma sala, independente se apresentam Síndrome de Down ou não. Isto é uma verdadeira aula de cidadania”, afirma a diretora da Escola Municipal Osvaldo Cruz, Ana Carla Pereira.
Para o desenvolvimento deste trabalho, a SMEC conta com o apoio indispensável da Ser Down há sete anos. A secretaria, em parceria com a associação, através do convênio Super (Ação) realizou diversas capacitações para professores e coordenadores da rede municipal, tornando a instituição de ensino um espaço democrático capaz de acolher e garantir a permanência de todos os alunos. Assim, os docentes aprenderam a lidar com a diversidade, e além deles, os estudantes e a comunidade, que participam de palestras sobre o tema. “A educação é o meio para que seja efetivada a transformação social. Acreditamos na mudança, através da educação”, conclui a diretora da Ser Down, Lívia Mesquita.
Síndrome de Down
Todo ser humano possui 46 cromossomos, mas as pessoas com Síndrome de Down possuem 47. Um a mais no par de número 21. Por isso a síndrome também é chamada de trissomia do 21. A presença de um cromossomo a mais é determinada por um acidente genético. Pode ocorrer com qualquer casal, independente da faixa etária e herdada em poucos casos.
A síndrome de Down não é um defeito nem uma doença. É uma ocorrência genética natural, que no Brasil acontece em 1 a cada 700 nascimentos e está presente em todas as raças.