SMEC e parceiros internacionais desenvolvem programa inovador de Ciência e Tecnologia nas escolas

23 de out de 2007 - dev

Atualmente, através de um projeto-piloto implantado em 11 escolas do sistema municipal de ensino, os alunos aprendem Ciências de uma forma inovadora e os professores têm o equipamento e a formação necessária para esta prática. Foi apresentado hoje (22), no Instituto Municipal de Educação José Arapiraca (IMEJA), na Boca do Rio, o relatório parcial do Programa Ciência e Tecnologia com Criatividade (CTC), desenvolvido através de uma parceria da Secretaria Municipal da Educação e Cultura com o Instituto Sangari, grupo que atua em todos os continentes e tem 40 anos na área educacional.

Voltado para o Ensino Fundamental, o Programa CTC da Sangari Brasil é o único programa de Ciências avaliado positivamente pela Unesco na América Latina. Desenvolvido por profissionais especializados, o CTC possui um currículo diferenciado, com uma abordagem nas diferentes áreas das Ciências, articuladas com outras disciplinas como Matemática, Língua Portuguesa, Geografia, História, Artes e Educação Física. É uma proposta completa com atividades de investigação em todas as aulas que, gradualmente, possibilitam aos alunos desenvolver a curiosidade, a criatividade e o raciocínio lógico.

A avaliação do CTC foi realizada pela Rede de Informação Tecnológica Latino-americana (Ritla), com apoio da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e UNIRIO. “Preocupada em modificar os baixos índices qualitativos na educação pública na América Latina, a RITLA vem investindo na realização de avaliações de programas educacionais no campo da Ciência e Tecnologia. No caso de Salvador, a avaliação do Programa CTC tem como objetivo produzir subsídios para a melhoria do programa”, ressaltou o diretor-executivo da RITLA, Jorge Werthein.

Segundo o secretário municipal de Educação e Cultura, Ney Campello, o Programa CTC tem tido uma ótima receptividade nas comunidades escolares e, por isso mesmo, será ampliado. “Esta avaliação é de extrema importância na medida em que será enviada para as escolas onde ocorre o programa. Não se trata de um programa onde o Instituto Sangari simplesmente fornece os materiais de Ciências e livros. Os professores são capacitados a lidar com estes instrumentos”, frisou.

Nas suas considerações finais, o relatório ressalta que “cabe ressaltar como aspecto positivo a forma direta como todos os entrevistados falam do CTC, apresentando suas críticas e sugestões. Uma gestão mais negociada do programa, com escolas e professores, aliada à opção política de investir e num campo ainda secundarizado na educação brasileira (o campo cientifico) podem ser considerados, sem duvida, indicadores do sucesso”.

O evento também contou com a presença de Ben Sangari, físico e presidente do Instituto Sangari. Criado na Inglaterra por Antony Sangari, em 1965, o grupo está presente em 15 países como: África do Sul, Cazaquistão, Egito, Espanha, Estados Unidos, Grécia, Inglaterra, Irã, Moçambique, Namíbia, Paquistão, Portugal, Romênia e Turquia. Sua missão é desenvolver soluções para melhorar o ensino no mundo por meio da Ciência.