SMEC lança o Programa de TV Cidade das Letras

25 de jul de 2007 - dev

Jéferson Ribeiro

Decifrar o mundo das letras é o sonho de pessoas que enfrentam dificuldades como não saber escrever o próprio nome na carteira de identidade. Realizar esse desejo para milhares de pessoas é uma das premissas do programa de alfabetização de jovens e adultos ” Salvador Cidade das Letras – Brasil Alfabetizado” promovido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, que agora tem um importante aliado nessa empreitada, o programa televisivo Cidade das Letras. Lançado hoje, 24 de julho, em um café da manhã no Liceu de Artes e Ofícios da Bahia, o programa será exibido aos domingos pela Rede Bandeirantes a partir do dia 09 de setembro, às 9h00, como um auxílio às aulas, para também fixar, complementar e revisar o conteúdo didático.

A parceria com a Rede Bandeirantes foi comentada pelo diretor comercial, Beto Fagundes. Ele afirmou que a educação, quando não se dá o devido tratamento, pode ser responsável por mazelas sociais como a falta de saúde, exclusão social e falta de segurança. “O Grupo Band tem por obrigação ser um agente formador, trazer pessoas para esse fim, dar a oportunidade”, garantiu.

O programa ampliará a abrangência da alfabetização de jovens e adultos do Programa Salvador Cidade das Letras – Brasil Alfabetizado. No curso de 2006/2007, foram inscritos 21.800 jovens e adultos, tratando-se do recorde nacional absoluto de inscrições do programa Brasil Alfabetizado.

Programa de TV
A participação de professores e alunos será de grande importância para criar uma dinâmica de participação e reciprocidade, sendo capaz de enriquecer a prática pedagógica e cognitiva. Assim eles serão os protagonistas em quadros como “Revisão da Semana”, “Matéria do Dia”, “Sala do Professor” e “Cidade das Letras”.

Para o prefeito de Salvador, João Henrique, o programa oferece perspectivas, novos horizontes e qualidade de vida aos alunos. Segundo ele, o Serviço Municipal de Intermediação de Mão-de-Obra – SIMM oferece 50 mil vagas de emprego, mas só 20 mil foram preenchidas devido à falta de profissionais qualificados. O programa dá a oportunidade para que o desempregado possa se qualificar e disputar essas vagas.

O secretário municipal de Educação e Cultura, Ney Campello, explicou que é importante investir em Educação Infantil, como a prefeitura já faz, sendo um grande feito a municipalização das creches, mas dar a oportunidade a pessoas que se afastaram dos estudos para trabalhar é uma grande vitória da gestão. “A exclusão do mundo do saber, do conhecimento, é a pior cegueira”, afirmou.

Campello pediu a ajuda dos presentes para que todos abracem o projeto, como o Estado, a sociedade e empresas privadas, e assim, seja alcançada a meta de que Salvador receba o selo do MEC de Município Livre do Analfabetismo. Para que cada “canteiro de obra, redutos dos comerciários, terreiros de candomblé, sejam transformados em sala de aula. Transformando a cidade em uma grande sala de aula”, afirmou.

Estiveram presentes no café da manhã os vereadores Everaldo Augusto e Olívia Santana (presidente da Comissão de Educação); o deputado federal Sérgio Brito; o deputado estadual Álvaro Gomes; a coordenadora da UNESCO Anailde Pereira; o presidente da Fundação Pedro Calmon Ubiratan Castro; os secretários de Comunicação Social (Jair Mendonça) e Trabalho, Emprego e Renda, Paulo Mascarenhas; o superintendente do Liceu de Artes e Ofícios, Geraldo Machado; e representantes de empresas de comunicação.