Subsecretário participa de solenidade na Escola Politécnica

30 de out de 2006 - dev

O subsecretário municipal de Educação e Cultura, Weslen Moreira, representa o prefeito João Henrique na solenidade de posse da nova diretoria da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia. O evento será realizado no dia 30 de outubro, às 18 horas, na Reitoria da Ufba. Serão empossados o professor Luiz Edmundo Prado de Campos (diretor) e Élio Santana (vice-diretor).

História- Com mais de cem anos de história, a Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia é uma das mais antigas do Brasil. Foi fundada em 1897, quarenta e nove anos antes da própria UFBA.

A criação da Escola Politécnica deve-se, principalmente, à iniciativa de um homem: o engenheiro baiano Arlindo Coelho Fragoso. Formado na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, Arlindo percebeu a importância de criar uma escola semelhante na Bahia, para formar técnicos capazes de alavancar o desenvolvimento do estado. No dia 14 de março de 1897, ele reuniu alguns colegas na Secretaria de Agricultura, onde trabalhava, e declarou fundada a Escola Politécnica da Bahia. A primeira sede foi improvisada num casarão da Rua das Laranjeiras, número 6, no Centro Histórico de Salvador.

Os primeiros tempos foram difíceis. A Escola Politécnica era particular, mas dependia de subsídios governamentais para sobreviver. Muitas vezes, os professores ficavam com os salários atrasados e trabalhavam de graça para manter a instituição.

Uma das mais graves crises aconteceu em 1900, quando o governador da Bahia, desafeto político de Arlindo Fragoso, atrasou as subvenções da Escola. Sem receber salário, quase todos os professores, exceto os de Arquitetura e Física, pararam de trabalhar. Nessa hora decisiva, o que salvou a Escola foi o caráter determinado de seu fundador. Arlindo Fragoso deu todas as outras aulas do programa, durante cerca de dez dias, mantendo a Escola aberta. Sua atitude motivou os outros professores, que voltaram ao trabalho para apoiá-lo.

Em 1933, a Escola Politécnica foi federalizada, o que representava um alívio diante de sua situação financeira instável. Mas, cinco anos depois, a Escola foi desfederalizada e chegou a ser absorvida pelo governo estadual. Finalmente, em 1946, com a criação da Universidade Federal da Bahia, a Escola Politécnica foi incorporada definitivamente à universidade.

Além do casarão na Rua das Laranjeiras, a Escola Politécnica funcionou na Praça da Piedade e na Avenida Sete de Setembro, em prédio próprio, onde hoje está o Edifício Fundação Politécnica. Em 1960, mudou-se para o atual prédio na Federação, projeto do arquiteto Diógenes Rebouças.

Em mais de um século, a Escola abrigou personalidades das mais diversas áreas. Políticos de destaque nacional, como Miguel Calmon e Otávio Mangebeira, foram professores da Escola. Entre os alunos, houve desde artistas, como o compositor Humberto Porto (autor do clássico “Jardineira”) a revolucionários, como o comunista Carlos Marighela, aluno excelente que respondia provas em verso. Além deles, a Escola formou centenas de engenheiros atuantes, responsáveis por grande parte das transformações acontecidas na Bahia durante o século XX. Eles concretizaram o sonho de Arlindo Fragoso, fazendo da Escola Politécnica um centro difusor de tecnologia, cultura e desenvolvimento.