Última Aula a Céu Aberto reúne centenas de alunos

22 de nov de 2007 - dev

Contando desta vez também com a participação de alunos da rede estadual, ocorreu hoje (22), no Centro Histórico, a sexta e última Aula a Céu Abeto de 2007. As aulas são um projeto da Secretaria Municipal da Educação e Cultura e Fundação Gregório de Mattos. Através desta parceria, os estudantes da rede municipal visitam sítios do Centro Histórico e participam de apresentações culturais. O ato foi encerrado com uma apresentação do cantor Aloísio Menezes, na Praça Tereza Batista, no Pelourinho.

As aulas são uma das diversas ações de fomento à cultura do Ano Municipal da Leitura (), cujas atividades foram programadas por um Comitê Gestor formado pelo Poder Público municipal e diversos setores da sociedade civil organizada e empresariado, dentre eles a Editora Paulus, que já doou cerca de 28.000 livros para escolas municipais, e o Grupo A Tarde.

A programação foi iniciada às 14h00, com a chegada à Praça Municipal de 350 alunos de oito escolas da rede municipal de ensino e 400 alunos de outras oito escolas da rede estadual. Em cada visita às instituições culturais do Centro Histórico, ocorre um “presente literário”, escolhido livremente entre as instituições. Após a visita, os grupos de alunos são ciceroneados por guias de turismo do Instituto da Hospitalidade, que lhes apresentaram os sítios do Centro Histórico. No retorno das visitas literárias, os alunos participam de shows lítero-musicais. Nesta última aula do ano, que aconteceu no Dia do Músico, os estudantes foram recebidos na Praça Tereza batista pelo poeta José Limeira, mestre de cerimônias do evento.

Segundo o secretário municipal de Educação e Cultura, Ney Campello, “estas aulas são um banho de cultura para os alunos. Os nossos estudantes são de famílias de baixa renda, e por isso têm limitações para conhecer espaços físicos importantes na formação do povo baiano e brasileiro, como o Centro Histórico de Salvador”.

Resumindo a importância do programa, o presidente da FGM, professor Paulo Costa Lima, diz que “a capacidade de leitura crítica é condição de cidadania, sendo um dos traços de união entre a educação e a cultura”. Ele ressalva que, através desta ação, leitura seja absorvida de uma forma mais ampla, “não apenas como leitura de impressos, mas de espaços e territórios”. Para Lima, no Centro Histórico esses alunos “aprendem a ler a nossa identidade”.

Acompanhando 35 alunos da Escola Municipal Helena Magalhães,
localizada em Boa Vista de São Caetano, a professora Iracema Gomes informou que a Aula a Céu Aberto será tema de uma redação para os alunos. “O processo de ensino e aprendizado não acontece somente dentro da sala de aula. Hoje, por exemplo, os alunos visitaram o Instituto Mauá, e aprenderam sobre a produção cultural indígena e africana”, comemorou.