Em homenagem às professoras e aos professores da Rede Municipal, cuja data comemoramos em 15 de outubro, ouvimos alguns educadores da Rede sobre os desafios de “Ser Professor/Ser Professora”, que publicaremos durante os próximos dias. Abaixo, os relatos das professoras Dayane Tosta, do Cmei Pirajá (GRE Pirajá), e Débora Moitinho Silva Costa, da Escola Municipal Joaquim Magalhães (GRE Subúrbio I), sobre os desafios da profissão em tempos de pandemia.
Professora Dayane Tosta – A Professora Dayane Tosta, do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Pirajá, relata que os medos relacionados à pandemia, a ansiedade gerados pelo novo normal, além da insegurança de adoecer e não saber como o corpo reagiria. “Toda essa situação gerou muita aflição, mas o apoio dos colegas professores, amigos e familiares ajudou bastante a passar por essa fase inicial”, destaca. A docente explica ainda que foi preciso se aprofundar técnica e pedagogicamente para pensar nos métodos que seriam utilizados para alcançar crianças tão pequenas através da interação online. “Foi preciso ressignificar a comunicação com a família e, sobretudo, pensar em uma metodologia que coubesse na lógica da educação à distância”. Para isso, Dayane Tosta criou um grupo no Whatsapp com mães e responsáveis pelos alunos de 2 anos, garantindo a interação. Além disso, envia vídeos com histórias e propostas de atividades para as mães realizarem com as crianças.
Professora Débora Moitinho Silva Costa – A professora Débora Moitinho Silva Costa da Escola Municipal Joaquim Magalhães, ressalta que apesar da dificuldade do começo, aos poucos foi aprendendo a lidar com a nova realidade. “No inicio foi muito difícil, mas depois percebi que a situação era grave, e a pandemia iria ficar por muito mais tempo. Então comecei a enviar atividades impressas, e fui sentindo necessidade de me comunicar com os pais e alunos. Com orientação da direção da escola, criei um grupo na rede social WhatsApp, através do qual passava orientações para os pais”. Gravar vídeos e enviar nestes grupos foi a principal forma encontrada pela professora para fazer a interação acontecer. “Pesquisei vídeo aulas e fui aprendendo a usar os recursos tecnológicos. Aos poucos comecei a gravar minhas próprias aulas, onde interajo com atividades, brincadeiras, musicas, contação de história, trabalho de artes, converso com alguns individualmente, eles me mandam mensagens de voz, dentre outros. Os pais também abraçaram a ideia, já que 80% dos pais tem rede social e a coisa está fluindo. É dessa forma que estou atravessando essa pandemia, e de qualquer forma foi e está sendo um aprendizado”.