A chegada da Primavera foi marcada na Rede Pública Municipal de Ensino de Salvador por um dia especial: o início da ação “Aprender +”. No sábado (23), das 8h às 12h, os alunos do 5º e 9º anos das escolas municipais participaram de atividades lúdicas e pedagógicas com vistas à recomposição da aprendizagem. Os eventos ocorreram simultaneamente nas dez Gerências Regionais de Educação (GREs), somando 242 unidades de ensino.
De acordo com o secretário da Educação, Thiago Dantas, o Aprender + integra-se a outras iniciativas que vêm sendo adotadas desde o início do ano na busca por reparar as perdas pedagógicas provocadas pela pandemia da Covid-19. Ele explica que os trabalhos são desenvolvidos com base nos dados de avaliações diagnósticas, que permitem um recorte preciso dos descritores críticos. Ou seja, indicam em quais habilidades os trabalhos devem focar para um efetivo avanço na aprendizagem. “A análise dessas informações permite a construção de um conjunto de estratégias para trabalhar as lacunas do processo de ensino e aprendizagem do período pandêmico”, frisa Dantas.
Durante o Aprender +, foram realizados aulões de Matemática e Língua Portuguesa, intercalados com atividades recreativas e de acolhimento. Nas escolas, o clima era de muita animação. Hanna Souza Araújo de Jesus, aluna do 5º ano da Escola Municipal Ítalo Gaudenzi (Nova Brasília de Valéria, GRE Subúrbio I), estava empolgada com a aula no sábado e com as atividades. “Estou achando muito legal! A gente está aprendendo e fazendo várias atividades divertidas”, disse. Ela foi uma das primeiras a assinar o mural que a escola criou intitulado “Aprender +, Eu vim!”. Além dos alunos próprios, a EM Ítalo Gaudenzi recebeu os estudantes da Escola Municipal Graciliano Ramos (Coutos) para as ações de sábado.
As unidades de ensino municipais envolvidas com o projeto desenvolveram os aulões na própria escola ou se uniram em polos. Foi assim, por exemplo, com as escolas municipais Mourão de Sá, D. Pedro I, de Paripe, Fernando Presídio, Nossa Senhora da Conceição, Presidente Medici, Rui Barbosa e Colina do Mar (GRE Subúrbio II), que se uniram para atividades coletivas. O polo foi na EM de Paripe. “É com muito prazer, afinco, vontade de ver a Rede crescer e nossos alunos triunfarem, que a gente está desenvolvendo essas ações aqui”, diz Alcione de Assunção Silva Castro, gestora da EM de Paripe. Segundo ela, uma das dinâmicas adotadas foi a gamificação, tornando as aulas mais atrativas.
O acolhimento foi uma ação presente em todas as escolas, conduzido pelas equipes gestoras e professores. No início e no encerramento dos trabalhos, os alunos participaram de atividades de alongamento, relaxamento, jogos, entre outras, preparadas pelos professores de educação física, como Cássio Adriano dos Santos, da Escola Municipal Abrigo Filhos do Povo (GRE Liberdade/Cidade Baixa). Uma das recreações propostas por ele foi uma espécie de jogo de argolas, no qual os pinos foram substituídos pelos alunos e a argola por um bambolê. O aluno em que a argola se encaixava, pegava em um recipiente um papel contendo uma frase motivacional e, em seguida, era quem fazia o arremesso. “Estamos fazendo um trabalho bem sólido de ensino e aprendizagem e dentro desse processo estão os momentos de motivação, acolhimento e descontração”, disse o professor.
Sequência – O projeto se repete no próximo sábado (30) e segue assim até o dia 10 de novembro. A diretora pedagógica da Smed, Verônica Dantas, ressalta o empenho e a dedicação de professores, gestores, coordenadores escolares, das equipes das GREs e da Smed na construção e realização do Aprender + e nas demais ações de recomposição do aprendizado.”O Aprender + é resultado de um trabalho intenso e conjunto realizado desde o início do ano letivo. Os profissionais de educação da nossa rede vêm realizando ações permanentes de estudo dos dados, elaboração de estratégias, formação de professores com foco em práticas pedagógicas que possibilitem a recomposição”, afirmou.
Reportagem: Josiane Schulz/Ascom/Smed
Fotos: Otávio Santos/Ascom/Smed