O Seminário Sementes da Ancestralidade marcou a culminância do projeto piloto do Centro de Formação em Educação para as Relações Étnico-Raciais Ananse Nttontan (Cenfran). O evento realizado na sexta-feira (18) no Subúrbio 360, teve uma programação extensa e a certificação simbólica dos profissionais da educação que fizeram a formação.
Com o objetivo de implementar ações educativas, projetos e atividades, contribuindo para a reconstrução identitária, socioeducativa e histórica dos diversos segmentos e modalidades de ensino, o Cenfran encerra este primeiro ciclo com a proposta de ampliação para o próximo ano.
A subsecretária Rafaella Pondé destaca a importância do Cenfran para a rede municipal de ensino. “É um dever nosso, tratar sobre as questões raciais através da educação e a criação do Centro é extremamente importante, pois vem para fortalecer essa proposta. Este ano, mais de 500 profissionais da rede fizeram a formação, e ano que vem pretendemos abranger o número ainda maior”, disse.
“É um projeto piloto, estamos testando as metodologias vendo de que maneira vamos organizar essas formações, vamos fazer um relatório com todas as ações desenvolvidas e projetar ações para o ano que vem, com vistas a ampliar essa formação”, explica Eliane Boa Morte, coordenadora pedagógica do Núcleo de Políticas Educacionais das Relações Étnico-Raciais (NUPER).
A secretária da Reparação Ivete Sacramento participou do seminário e confessou ter ficado emocionada por Salvador ser a pioneira em criar um Centro de Formação de Estudos Étnico-Raciais. “Estou profundamente emocionada pela cidade de Salvador, através da Smed ter assumido o propósito em relação à lei 10.639 de fato, então a formação do Cenfran é um exemplo para o mundo de como se incluir políticas públicas de combate ao racismo, a partir da educação. Esse projeto já está concretizado com êxito e a tendência é ampliar para outros distritos e com certeza teremos um case de como se faz relações étnico-raciais”, comemora Sacramento.
Foto: Enaldo Pinto