19 de nov de 2019 - Publicidade
A brincadeira é um dos pontos principais do trabalho pedagógico na educação infantil. Com base nisso, a brinquedoteca do Centro Municipal de Educação Hélio Vianna, localizado em Coutos, foi transformada numa sala de exposição de arte inspirada nas obras de Ivan Cruz, artista plástico que retrata em seus quadros brincadeiras de crianças. A mostra que durou 15 dias recebeu a visita de estudantes e professores de outras escolas que ficaram surpresos com o que foi produzido pelos artistas mirins.
A exposição foi a culminância do projeto Arte e Infância, cujo tema escolhido Criança tem arte e faz arte que movimentou durante um mês, 135 crianças de 2 a 4 anos. “Esse trabalho foi pura diversão, mas elas também puderam desfrutar de momentos ricos de muito aprendizado, pois conheceram as figuras geométricas, cores primárias, desenvolveram a coordenação motora fina com as dobraduras e tiveram acesso à cultura”, completou a diretora do Cmei, Antonia Serafim.
“A criança que não brinca não é feliz. E ao adulto que nunca brincou, falta um pedaço no coração” essa afirmação de Ivan Cruz foi seguida a risca. Avião de papel, pipas, cama de gato, pé de lata, quadros pintados com barbante, bola de gude e muita arte. Todas essas engenhocas que já fizeram a diversão de muitas crianças, antes da invenção dos jogos eletrônicos, serviram de tela de pintura e ganharam um colorido especial, porque foram pintadas com a leveza de crianças que só desejam um mundo mais colorido e feliz.
“Foi muito divertido, nós passamos a bola num monte de tinta e depois brincamos de ‘Lá vai a bola’, e a tinta colorida foi pintando a roupa branca”. A roupa branca que Isabela Paixão, 2 anos, se refere, está pendurada num varal com outras tantas, na mostra de arte. “Mas a gente também podia deitar na bola e depois nós tomamos banho de mangueira”, completou Maria Elisa, também de 2 anos.
A vice-diretora e orientadora da equipe pedagógica, Daniela Correia considerou necessário unir brincadeira e arte. “As obras de Ivan Cruz refletem muito isso, fizemos primeiro a sensibilização dos alunos com a apreciação das obras que representam as brincadeiras tradicionais e normalmente fazem parte da infância da comunidade onde trabalhamos (pipa, amarelinha, brincadeira de roda), cada grupinho escolheu a brincadeira que mais se identificou e a partir daí foram feitos alguns trabalhos com pintura, barbante, algumas técnicas com tinta, mosaico e lata. Além de fazerem esse trabalho artístico eles puderam vivenciar a brincadeira em si”, explicou.
Para a professora da Escola Municipal Willian Góes, Jamile da Silva Ramos, que visitou a exposição com o grupo 3, a intenção de levá-los foi para que eles pudessem interagir com outro espaço escolar. “Eles ficaram impactados com a exposição, pela diversidade de cores, de objetos e texturas, tiveram contato com as crianças de outras escolas. Eles amaram a experiência de estar num espaço que não é a escola deles, tiveram a oportunidade de fazer recreação produzindo aviões de papel, curtiram muito”, completou.
