Cmei União Boca do Rio promove encontro “Diálogos Pedagógicos”

16 de maio de 2023 - Jornalismo

 

O importante papel dos educadores das instituições públicas como necessário para o desenvolvimento das aprendizagens das crianças, foi um dos temas discutidos na roda de conversa, promovida pelo Cmei União da Boca do Rio. O encontro realizado na sexta-feira (12), contou com a presença da professora e Dra. Esther Pillar Grossi, um ícone na educação brasileira por todas as discussões contidas em seus mais de 30 livros publicados.

O debate teve como mediadora a professora Dra. Amanaiara Miranda e o apoio do professor Dr. Felipe Bruno Martins Fernandes. O cenário político do país, os pressupostos da qualidade da educação brasileira também foram assuntos discutidos no bate papo.

Dentre as muitas falas marcantes da tarde, a professora provocou os participantes à reflexão sobre a alfabetização no país, ressaltando que “Inventar que uma criança não vai se alfabetizar no primeiro ano da escola significa dar a essa criança uma ideia negativa em relação a si mesma. Claro, se as professoras não têm compromisso de alfabetizar, descansam: a professora do primeiro ano não precisa alfabetizar, porque os alunos têm até o terceiro ano para serem alfabetizados. Temos um grave problema com a compreensão de ciclo em nosso país”, comentou Esther Grossi.

No auge dos quase 90 anos, a professora Esther esbanja disposição e ressalta que ainda pretende viver intensamente e trabalhar até os 115 anos! “Aprender é um processo que cada um vive individualmente e, para o professor, ensinar é ir ao encontro desse processo”, ressalta Dra. Esther.

A roda de conversa contou com as presenças de representantes da Gerência Regional de Itapuã, de escolas do segmento particular, coletivos de educação infantil, Fórum de Gestores de Salvador e de outras escolas da Rede Municipal. “É um privilégio para nós, participar deste momento. A professora Esther tornou-se uma referência em educação, não só pelos seus estudos direcionados à busca de melhores perspectivas para a escola pública, como também por todas as teorias e teses que desenvolveu, tal qual os pós–construtivismo como premissa para a alfabetização de alunos com Síndrome de Down. Foi um dia para ficar na história da educação de Salvador”, conta a gestora Amanda Reis.