Dia da Consciência Negra: Confira a programação das escolas municipais

16 de nov de 2017 - Publicidade

O Debate sobre a invisibilidade/estereotipia da história e cultura negras é parte do projeto “A COISA FICOU PRETA!” da Escola Municipal Elysio Athayde em comemoração ao mês da Consciência Negra.

(O texto a seguir foi elaborado e enviado pela Escola)

Por que não apagar ou ressignificar expressões que trazem consigo marcas racistas? Foi partindo deste questionamento que A COISA FICOU PRETA! na Escola Municipal Elysio Athayde, em Cajazeiras, com vistas a estabelecer diálogos efetivos sobre a questão da população negra no Brasil e na Bahia, através de atividades práticas e lúdicas, que buscam transformar o silenciamento do racismo em socialização de experiências, em resistências.

“Quando se afirma, por exemplo, que ‘a coisa está/ficou preta’, faz-se, ainda que de modo inconsciente, associação entre o negro e uma situação desfavorável, algo que não deu certo, sendo preciso repensar sobre as sutilezas pelas quais o racismo se manifesta. Assim é que ‘deixar a coisa preta’ neste projeto significa abrir as portas às tão necessárias referências positivas de negritude, que se desdobram em elevação de autoestima, combate consciente ao racismo, empoderamento e mudança de paradigmas”, explica a professora de Língua Portuguesa Louise Tanajura.

“O silenciamento diante do tema do racismo resulta de sucessivos dramas que tendem a paralisar e negar uma história de lutas e resistências que marcam a Cultura Baiana, a Cultura Afro-Brasileira. E a existência de um mês de celebração nos conclama ao debate através do diálogo, das trocas, das conversas, com ênfase no escutar, falar de si em suas identidades através da oralidade, da escrita, da imagem que deve se estender por todo ano letivo”, reforça a professora de História Cristiane Lima.

Institucionalizar a Lei 10.639 e 11.645, por em prática as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Baiana, Afro-Brasileira e Africana é algo que se impõe nas instituições educacionais sem que, na maioria das vezes, sejam de fato efetivados. O projeto por nós desenvolvido busca essa reflexão a partir de atividades lúdicas e interativas, que culminarão em uma Gincana Temática nos dias 27 e 28 deste mês e um Sarau de poesia e literatura no dia 01 de dezembro. Como parte dessas ações terá a construção de produtos derivados de oficinas: poemas, ciranda de rimas (hip hop) e Abayomis, o projeto conta com um conjunto de atividades, desde o debate temático entre os docentes às sociais temáticas das equipes, perpassando pela realização de um bazar e de um dia de beleza, ações que foram sugeridas e agregadas ao projeto à medida que todos os professores da Unidade Escolar foram se envolvendo e se emocionando com os caminhos delineados, diz a vice-diretora Patrícia Rosas.