Dignidade Menstrual é tema de webinário promovido pela Smed

24 de set de 2021 - Jornalismo

Como parte das programações alusivas à Semana do Adolescente, a Secretaria Municipal da Educação (Smed), a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e o grupo Tributos a Elas realizaram na manhã da quarta-feira (22) o webinário “Dignidade Menstrual”. Transmitido pelo canal da Smed no YouTube, o debate teve como objetivo sensibilizar sobre saúde menstrual, reprodutiva e sobre dignidade e educação menstrual. A ação teve como público alvo todas as alunas da Rede Municipal de Salvador com idade a partir de 11 anos.

Participaram do encontro a coordenadora de Inclusão e Transversalidade da Smed, Jaqueline Araújo, a coordenadora do Tributo a Elas, Juliana Pita, e a ginecologista e técnica da saúde da mulher da Secretaria Municipal da Saúde, Renata Sandra Noronha. “Abordar assuntos que envolvem a saúde da mulher é de interesse de todas nós. Falar de combate à pobreza menstrual e da promoção da dignidade para adolescentes e mulheres é muito importante. Essa temática faz parte de uma das ações do programa Saúde na Escola, que trata sobre questões de diretos sexuais reprodutivos, saúde feminina e do adolescente”, disse Jaqueline Araújo.

Conforme Juliana Pita, coordenadora do Movimento Tributos a Elas, há uma necessidade de ressignificar a menstruação em relação à pobreza, como também em relação às políticas públicas necessárias para dar conta desse problema de saúde e de educação. “Não podemos admitir que em pleno século XXI, com tanta tecnologia disponível, ainda temos mulheres que não têm informações sobre seus ciclos, não os compreendem e não têm acesso a itens de higiene menstrual”, pontuou. “A união entre sociedade civil e Estado para buscar soluções para problemas sociais, em especial os relacionados à igualdade de gênero, fortalece os mecanismos de estruturação de direitos humanos das mulheres”, ressaltou.

Ainda sobre a temática, a ginecologista Renata Sandra Noronha destacou a relevância de saúde e educação andarem juntas. “Precisamos discutir sobre saúde permanente e essa parceria é fundamental. O profissional que lida com adolescente precisa ter um olhar diferente para acolher e participar de forma adequada, de forma a não se afastar desse público”, afirma.

De acordo com ela, assuntos como, pobreza menstrual, violência sexual e gravidez na adolescência precisam ser amplamente discutidos. “Por que esses temas estão relacionados com saúde e educação? A informação através da educação vai dar para essas mulheres acesso a ter uma autonomia mais consolidada. A necessidade inicial em relação à saúde é fazer com que a mulher entenda o que é mito e o que é verdade sobre o seu universo”, destacou.