“As crianças, suas infâncias e as vivências identitárias na escola” é o tema abordado do projeto de rodas de conversas realizado pela Escola Municipal Deputado Gersino Coelho, situada no Cabula. Na quarta-feira (4), o encontro teve como palestrante a professora Carla Cristina de Jesus que falou sobre a Educação Infantil: suas especificidades e diálogos com o Ensino Fundamental, reflexões sobre acolhimento e adaptação das crianças e suas identidades na retomada presencial em contexto de pandemia, dentre outros.
Na palestra, foi exibido um vídeo produzido pela palestrante, com base no diálogo do livro escrito por Cedella Marley, filha do cantor Bob Marley, inspirado na composição do jamaicano “Three Little Birds”. Em português, o livro se chama Tudo vai dar certo. “Bob Marley nos representa e as mensagens que ele passou através da música são reconhecidas mundialmente. Essa obra infantil traz a riqueza de conteúdo e humanidade desse grande músico, recomendo o vídeo para as crianças, por tratar de um tema muito importante e significativo”, explica.
“A Roda tem sempre a participação de professores e coordenadores (pesquisadores) da Rede Municipal de Salvador e pessoas que conhecem a realidade do nosso ensino. Essa ação é pensada para construir com nossos pares, para trazer também as pratas da casa, fomentar o desejo pela contínua busca de saberes e de conhecimento”, disse Idalice Simone de Jesus, coordenadora pedagógica da escola. O primeiro encontro foi realizado no ano passado, com a professora Gabriela Garrido que atua na sala de Apoio Educacional Especializado (AEE). Ela levantou discussão sobre a produção de atividades diferenciadas e o instrumento PDI: Possibilidades e realidades no Ensino Remoto/Híbrido.
Segundo a coordenadora pedagógica Idalice Simone de Jesus, a iniciativa é importante para todo corpo escolar, pois é uma forma de discutir temas relevantes para a Educação e traz, em sua concepção, o contato com tradições de antigos povos, impregnadas de sabedoria e interação social. “Esta ação nos reporta às práticas dos povos negros e indígenas, nas quais a roda era o caminho por onde circulavam os saberes, numa partilha que permitia ouvir e ecoar muitas vozes. Nesta perspectiva, funcionários, professores, coordenação e gestão da escola vão trazendo à prática, ações de compartilhamentos circulares, articulando nosso passado às ações presentes e vislumbrando um futuro de muitos entrelaçamentos. Dessa forma a rede se faz viva, se constrói e reconstrói, nas diversas rodas de conversas que acontecem nas escolas”, salienta.