26 de ago de 2021 - Jornalismo
A Secretaria Municipal da Educação (Smed) realizou na tarde desta quarta-feira (25) a live “Educação Infantil: Construções afetivas em meio ao distanciamento social” dentro da programação da Semana do Bebê Salvador, realizada em parceria com a Unicef e o apoio da Escola de Saúde Pública da Bahia (Espba). A iniciativa tem como objetivo analisar e discutir ações e práticas voltadas para valorizar a primeira infância. Participam do projeto todas as unidades de ensino que ofertam ensino até seis anos. A apresentação contou com a mediação da coordenadora de Inclusão e Transversalidade da Smed, Jaqueline Araújo, e com a gestora Ruth Nery da Hora, do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Dr. Eliezer Audíface, localizado no bairro Luiz Anselmo (GRE Centro).
“Essa é uma semana muito interessante com conteúdos significativos para tratarmos sobre a primeira infância no nosso município. O tema escolhido é relevante porque envolve as grandes questões dessa pandemia: o distanciamento e o afeto na educação infantil. A afetividade, o toque, a sinestesia, nesse momento da vida delas, é fundamental”, disse a coordenadora de inclusão da Smed, Jaqueline Araújo. “Afeto é aquilo que te afeta. Como eu busco afetar essa outra pessoa, ou como é o meu olhar sobre essa criança que está ali se desenvolvendo? Mesmo agora com o retorno presencial, é possível sim a gente manter esses momentos coletivos”.
A gestora Ruth Nery da Hora começou sua apresentação destacando a importância do 25 de agosto – Dia Nacional da Educação Infantil. Para ela, a data é propícia para dialogar com o tema da primeira infância. “Nós sabemos o grande desafio que é acompanhar as crianças tão pequenas. Elas foram muito atingidas nesse processo pandêmico, em que a interação é fundamental no seu desenvolvimento”, destaca.
Ela falou das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, que definem a criança como “sujeito histórico e de direitos que nas interações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva”. Ruth trouxe ainda para o diálogo a importância de se encontrar o caminho para a construção da afetividade nesse distanciamento. “As crianças educadas com afetividade são mais seguras e autônomas. Se desejamos ter crianças motivadas que desenvolvam todos os aspectos de forma integral, precisamos afetar de maneira positiva”, pontuou.
A gestora destacou a importância da presença da família nesse processo de construção do afeto. “As primeiras relações de uma criança estão vinculadas à família, que é a sua base. Logo depois, aos professores, que são os educadores. E por fim, aos amigos, para o momento de interação. Se essas relações existem de maneira positiva, com certeza, essa criança vai aprender a se comunicar e se desenvolver com empatia”, frisa.
Para finalizar a apresentação, Ruth deixou algumas sugestões de como se podem colocar esses aspectos em prática. “Precisamos proporcionar bons momentos em sala de aula observando o que elas falam e respondendo para elas de forma madura. Outro ponto importante é observar o individual e o coletivo, principalmente com atividades lúdicas”, finaliza.
A live está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2KtPF97ylco
