Colocar em prática todo o discurso em torno da sororidade feminina foi a bandeira levantada na live realizada na última sexta-feira (30), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. O tema abordado foi Empoderamento Feminino e Mulheres em Destaque e teve como convidada Lara Oliveyrah professora, turismóloga, produtora cultural e organizadora do projeto Ecoa Mulheres. Na oportunidade 10 mulheres funcionárias da Smed foram homenageadas.
O encontro foi promovido pelo Fundo Municipal para o Desenvolvimento Humano e Inclusão Educacional das Mulheres Afrodescendentes (Fiema) em parceria com a Secretaria Municipal da Educação (Smed). Rita Sales, coordenadora do Fiema foi a mediadora da live, segundo ela, é necessário falar de mulheres fortes e o quanto são importantes para a evolução da sociedade. “Todos tem que entender nosso lugar de destaque, nosso espaço, para que possamos nos apropriar. Quando uma porta se abre para uma mulher, devemos abrir para outras também”, conta Rita.
Conforme Lara Oliveyrah o movimento de mulheres que se solidarizam com a causa da outra é algo ancestral. “Em todas as civilizações existem relatos de que havia essa mobilização de solidariedade. Então, o ato de mulheres ajudando outras mulheres não é do século 21, o que nós precisamos agora é fortalecer esse movimento e verdadeiramente praticar essa sororidade”, alerta Lara Oliveyrah.
A produtora cultural reforça que essa atitude tem que ser praticada diariamente. “Se fala muito da sororidade, mas precisamos que esse discurso vá para prática, então não adianta falar dessa sororidade quando na realidade você não pratica. Assim como o apoio, a interação e a colaboração, isso sim é dar voz e vez a outras mulheres. Quando esse apoio mútuo do universo feminino tem mulheres reunidas para ajudar outras mulheres esse discurso vira prática e sem essa prática não há transformação”, afirma.
Lara cita como exemplo de sororidade o projeto Ecoa Mulheres, que promoveu diálogos de mulheres com suas histórias. “O livro Ecoa Mulheres, não é só um livro, eu digo que é o encontro concreto de mulheres com suas vivências. Conseguimos promover um diálogo intercultural, precisamos nos colocar nesse papel do acolhimento também se colocando a serviço do bem comum. No livro muitas dessas mulheres trouxeram histórias de violência e que através da escrita souberam passar essa situação de invisibilidade. É a força do feminino através das palavras”, resume.